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17/11/2009 - 06h13

"Me considero um menino até hoje", diz Felipe Galvão, o Bernardo de "Malhação"

PopTevê
Felipe Galvão não nega, na estampa e no discurso, o jeito para lá de despreocupado inerente aos seus 19 anos. O figurino meio largado, a barba por fazer e até o paladar evidenciam uma adolescência não tão distante, como ele próprio admite sem rodeios. "Sou um moleque. Me considero um menino até hoje. Adoro o macarrão com carne moída da minha mãe", diverte-se. As características o aproximam bastante de Bernardo, jovem sem muitos limites ao qual dá vida desde a estreia da nova temporada de "Malhação", na última semana. Filho do cantor e ator Fábio Jr. com a artista plástica Cristina Kartalian, o ator é do tipo que encarna o estilo de vida impetuoso típico da idade. "Vivo tudo intensamente. Tudo. Acho que a gente tem de viver agora. Não se sabe o que vai acontecer amanhã, então sou do aqui e agora", afirma ele, que - outra idiossincrasia da adolescência - prefere ser chamado pelo apelido, Fiuk.
  • Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z

    O ator Felipe Galvão, o Fiuk, que interpreta o protagonista Bernardo em "Malhação ID"


Logo no primeiro capítulo, Bernardo conseguiu enrolar um punhado de meninas apaixonadas por ele, roubar um balão e colocar um grupo de amigos em perigo. O comportamento pouco lembra o padrão "certinho" que marcou os protagonistas que o antecederam. Mas, mesmo estando longe do perfil politicamente correto, o personagem é defendido por Fiuk. "Ele não faz isso por mal, não é um cara ruim. O Bernardo é totalmente do bem. O problema é que, de vez em quando, faz algumas coisas sem medir as consequências", justifica. Novato na profissão, ele reconhece que começar uma carreira na tevê - e no papel principal de uma trama - tem, sim, um peso. Mesmo assim, o rapaz prefere encarar a situação de maneira tranquila. "É muita responsabilidade. Mas estou vivendo isso com o maior amor do mundo. Estou curtindo demais", empolga-se.

A oportunidade em "Malhação" não é o primeiro trabalho de Fiuk, mas não está muito longe disso. O pontapé inicial no mundo da interpretação aconteceu por acaso: através da indicação de um amigo, ele foi selecionado para fazer parte de "As Melhores Coisas do Mundo", longa de Laís Bodanzky rodado em 2008 e baseado na série de livros "Mano", assinados pelo jornalista Gilberto Dimenstein e pela escritora Heloísa Prieto. "Nunca tinha feito curso de Teatro, nunca tinha feito nada. Fiz o teste, entrei e participei do filme. A Laís é minha madrinha", derrete-se. A falta de uma educação formal na área não parece ser problema para ele, que prefere encarar a atuação como independente da técnica. "Teatro é arte, é emoção, é coração. Não sinto necessidade de aula, não pensei nisso ainda. O que já estou aprendendo na gravação não é brincadeira", defende.

Experiência de palco, Fiuk tem - ainda que em meio a instrumentos musicais. Desde menino, o rapaz juntou os amigos para dar início a uma banda. E quem escutou os acordes dos adolescentes pela primeira vez foi o já experiente Fábio Jr. "Entreguei para o meu pai, pedi para ele escutar e disse que era isso que eu queria da minha vida. Ele respondeu: 'É o que você quer? Então vai atrás'. Foi a melhor lição que ele me deu", valoriza o ator e cantor, que guarda semelhança com o pai não só nas escolhas profissionais, mas também na aparência física. As possíveis comparações, no entanto, não incomodam o rapaz.

"Acho que isso vai ser uma coisa normal. Tenho o maior orgulho de ser filho dele, acho que ele atua e canta para caramba. Para mim, ele é uma referência", garante. Prova disso é que Fiuk pretende - assim como Fábio Jr. - conciliar trabalhos nas duas áreas: além de atuar, ele continua à frente da banda Hori, que lança CD em breve. "Amo o que faço e não me preocupo em dividir. As coisas caminham lado a lado", enfatiza.

(por Louise Araujo) Comente essa e outras notícias no Fórum UOL Televisão

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