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10/10/2009 - 04h40

"Estou amando fazer um canalha", diz André Bankoff de "Poder Paralelo"

PopTevê
Nada melhor para André Bankoff que interpretar um vilão. Ainda mais quando se trata da primeira experiência do ator na pele de um papel nada ortodoxo, como o também André de "Poder Paralelo", da Record. "Estou amando fazer um canalha. Hoje, o personagem domina, é 'o cara'", comemora. Sem falar que, depois de encarar os mocinhos Juba, em "Bicho do Mato", e Pedro, em "Amor e Intrigas" - ambas produções da Record -, André chegou à conclusão de que viver um bonzinho na ficção pode ser arriscado. "Não vou mentir. Se não souber fazer, fica chato. Na vida, ninguém é 100% bom", admite.
  • Luiza Dantas/Carta Z Notícias

    O ator André Bankoff, que interpreta o vilão André em "Poder Paralelo"

Por pouco, André não é escalado para encarar o grande rival de seu personagem na trama. Dog acabou com Miguel Thiré e ele ficou com o papel atual, que, no início, era definido como o genro que toda mãe sonha para a filha. "Queria fazer o Dog porque ele era o 'gostosão' na história e eu nunca tinha feito isso", lembra ele, que, ao ler a sinopse de André, ficou decepcionado. "Fiquei com medo porque havia feito o Juba, que era politicamente correto, e depois o Pedro, que passou a novela inteira em busca de um amor não correspondido. Pensei: 'vou fazer de novo esse cara?'", lembra. Bastou esperar alguns capítulos para o personagem, sempre traído pela mulher, Luísa (Fernanda Nobre) com Dog, se mostrar um verdadeiro mau-caráter. "Não sabia que o André seria batizado por Bruno como seu herdeiro na máfia. Foi incrível porque saí de um personagem pequeno e vim para o núcleo principal", empolga-se ele, referindo-se ao papel de Marcelo Serrado.

Em seu terceiro papel de destaques em novelas, André fez duas participações na Globo, em 2005: na minissérie "Mad Maria" e em "Bang Bang". Mas a primeira experiência em tevê do ator foi uma cena de "Carga Pesada", na qual interpretou um garçom com pouquíssimas falas. Por outro lado, teve a chance de contracenar com Antônio Fagundes e Stênio Garcia. "Foi muito engraçado porque errei uma vez e o Fagundes olhou para mim. Deve ter pensado: 'está com algum problema?'", recorda, aos risos.

Você é um ator jovem, que começou trabalhar na tevê há cerca de quatro anos. Nesse contexto, que tipo de formação você procura?
Um ator tem de ser completo, na minha opinião. Por isso, comecei a estudar um pouco sobre Commedia Dell'Arte, fui fazer mímica, frequento aula de canto, violão e de voz com uma fonoaudióloga. Não posso fazer a novela e me acomodar. Gosto mesmo de estudar e vejo diferença no meu trabalho.

Inicialmente, seu personagem em "Poder Paralelo" era considerado o genro ideal pelos pais da noiva e sempre foi traído por ela. Agora, ele se revelou um verdadeiro mau-caráter. Como aconteceu essa mudança?
O André iniciou mesmo como um tímido, um "corno" que ficava à mercê da esposa com o fotógrafo. Eu nem esperava por isso, o personagem realmente mudou demais. A gente foi trabalhando, dando intenções, mudando a maneira dele de olhar e de falar e isso deu forças ao André na história.

Então isso não era esperado...
Acredito que não existe personagem ruim. Sempre dá para mudar alguma coisa, se você direcioná-lo para um caminho que você quer. E, se o autor compra isso - como o Lauro comprou, e eu acho que ele já tinha isso em mente -, é ótimo. Foi uma mudança incrível.

A previsão é que a novela termine em fevereiro e seu contrato com a Record vai até março. O que pretende fazer depois da novela?
Fui convidado para fazer as peças "A Vida Começa Aos 60", do Aguinaldo Silva, e "O Funil do Brasil", de Sérgio Roveri. Na primeira, o personagem é um filho cafajeste, que maltrata a mãe. A segunda é uma sátira sobre o 'Big Brother Brasil'. Nunca pisei em um palco, tenho muita vontade.

(por Luana Borges) Comente essa e outras notícias no Fórum UOL Televisão

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