Grandes emoções movimentam a vida de Alexandre Nero. Aos 39 anos, interpretando o peão Terêncio de "Paraíso", o curitibano possui uma longa carreira como músico e ator de teatro e cinema, ao mesmo tempo que ainda descobre as particularidades de um veículo poderoso como a TV.
"Jamais vislumbrei ir para a televisão, nem sair de Curitiba. Por isso, o fato de terem me chamado para fazer TV foi assustador. Eu nunca tinha pensado em seguir essa vertente. Está sendo uma grande surpresa", garante ele, que só enxerga pontos positivos em ter estreado no veículo depois de ter construído sua carreira no teatro. "Principalmente por eu não estar deslumbrado. Eu não acho 'o máximo' estar fazendo TV. Para mim, esse é um trabalho como todos os outros. Há alguns anos, isso teria me deixado fora do eixo", reconhece.

A estreia aconteceu no extinto semanal "Casos e Acasos". E, logo em seguida, Alexandre foi parar no horário nobre. Em "A Favorita", ele viveu o verdureiro analfabeto Vanderlei. Desde março, é a vez do romântico Terêncio. Os dois papéis, aliás, partilham uma trajetória de muitas infelicidades amorosas ao longo das tramas. "Acho que tenho cara de coitado", diverte-se. "As pessoas ficam com muito dó dele e torcem a favor do Terêncio. Eu vivo brincando com a Vanessa, dizendo que é para ela tratá-lo melhor, ou as pessoas vão gostar menos dela", brinca Alexandre, mencionando a colega de elenco Vanessa Giácomo, intérprete da irascível Rosinha.

A intervenção da atriz, no entanto, não será necessária. Afinal, a jovem - que até pouco tempo atrás ficava irritada só de olhar para o peão - se descobriu apaixonada por Terêncio. O ator jura que não faz ideia de como será a reação do personagem ao saber da "novidade". "Não sei se ele vai se aproveitar disso e tentar esnobá-la ou se ele vai agradecer aos céus", diz o ator, aos risos.

(Por Louise Araujo)

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