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16/08/2009 - 05h00

"O melhor papel nunca é o da protagonista", diz Fernanda Paes Leme, a Maria Rosa de "Paraíso"

PopTevê
Fernanda Paes Leme tem apenas 26 anos, mas impressiona pelo modo seguro de se portar. Seja para falar dos rumos da carreira, da atual personagem, ou de suas escolhas pessoais, a paulistana sempre demonstra saber do que está falando. Boa parte dessa autoconfiança, aliás, ela empresta à atual personagem, a Maria Rosa de "Paraíso", uma economista que dá uma "lavada" de esperteza nas ingênuas e sonhadoras moças que habitam a cidade homônima à trama. "Ela é moderninha, tem um pensamento à frente, é contra o preconceito, criou suas próprias regras e valores. Pareço com ela nesse sentido... Ela tem uma alma feminista", compara.
  • A atriz Fernanda Paes Leme, que vive a economista Maria Rosa de "Paraíso"


Na história de Benedito Ruy Barbosa, Maria Rosa é a filha de Norberto, prefeito de Paraíso, vivido por Leopoldo Pacheco, e de Aurora, personagem de Bia Seidl. Economista formada no Rio de Janeiro, a personagem é engajada politicamente, esperta, adepta de um visual para lá de arrojado e namoradeira. Mas, de uns tempos para cá, sossegou e rendeu-se aos encantos de Geraldo, vivido por Lucci Ferreira, com quem vai se casar. "Ela não se rendia ao Geraldo porque ele não trabalhava. Eu também não conseguiria ficar com alguém que não admirasse", garante a atriz, cuja personagem promete usar um vestido de noiva bem ousado no dia do enlace.

Viver papéis à frente de seu tempo não é novidade para Fernanda. Depois de estrear na tevê no seriado "Sandy & Júnior", em 1998, na pele da mimada Paty - pela qual, aliás, é lembrada até hoje nas ruas -, a atriz passou a colecionar personagens fortes. Bons exemplos são a Rosário, de "América", e a beijoqueira Teresa, de "Desejo Proibido". A atriz também atuou em várias minisséries, como "Um Só Coração", "Amazônia - De Galvez a Chico Mendes", e "Mandrake", do canal HBO. "Admiro muito minha trajetória, que me trouxe pé no chão. Se as coisas vêm muito rápido, pode rolar um deslumbre", pontua.

Apesar dos 11 anos de carreira, pele de boneca, boas atuações e corpinho enxuto, a atriz ainda não teve a chance de encarnar uma protagonista. Mas jura não se importar com isso. Pelo contrário. É justamente aí que Fernanda se mostra ainda mais bem-resolvida. "Acho que o melhor papel de uma novela nunca é o da protagonista. Deve ser incrível fazer, mas não sinto a menor falta. Prezo bons papéis, que tenham conflitos, agucem meus sentidos e me dêem vontade de contar uma história", pondera a atriz, insatisfeita apenas com a falta de oportunidades na profissão como um todo. "Vejo muita gente boa por aí sem conseguir mostrar o talento. Isso me chateia", desabafa.

Ainda na linha "personagens marcantes", desde o dia 25 de julho a atriz divide seu tempo entre as gravações da trama - prevista para terminar no final de setembro - e a peça "Dona Flor e Seus Dois Maridos", de Pedro Vasconcellos. Cabe a Fernanda o papel da talentosa protagonista de Jorge Amado, após a saída de Carol Castro. "Fui supercorajosa de ter aceitado. Só tive um mês para me preparar e o elenco já está afinado há um bom tempo. Mas é uma grande oportunidade", avalia.

(por Fabíola Tavernard)

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