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14/08/2009 - 00h46

Bruno Ferrari encara de maneira tranquila seu primeiro protagonista na TV em "Bela, a Feia"

PopTevê
Quando "Chamas da Vida" chegou ao fim, Bruno Ferrari acreditou que iria descansar sua imagem por um bom tempo. Ledo engano. Dois meses depois de se despedir de Tomás, antagonista que acabou como mocinho, o ator embarcava no elenco de "Bela, a Feia", e em um papel de destaque ainda maior: o protagonista, Rodrigo Ávila.
  • Luiza Dantas / Carta Z Notícias

    Bruno Ferrari se saiu melhor nos testes e ganhou o papel de protagonista de "Bela, a Feia", que foi disputado por Rodrigo Phavanello, Cássio Reis e Iran Malfitano

"Achei o personagem maravilhoso, adorei o papel. Mas, para mim, foi uma surpresa. Não estava esperando", jura o ator, ao falar sobre a escalação para o papel que vinha sendo disputado por Rodrigo Phavanello, Cássio Reis e Iran Malfitano - que acabou sendo escalado como Adriano, primo rancoroso de Rodrigo. O descanso encurtado, porém, vai bem de encontro ao ritmo agitado que o ator diz ser o ideal para ele. "Não sou de parar muito, acabo sempre inventando alguma coisa para fazer. Não consigo ficar parado", explica.

Passando pela primeira vez pela experiência de dar vida ao papel principal de um folhetim, Bruno diz que prefere ignorar o rótulo de protagonista. "Eu não coloco esse peso, mesmo. Até porque, se colocar, estou perdido. É mais um personagem, que estou tentando fazer da maneira mais tranquila e lúdica possível", simplifica. A estratégia parece uma boa opção não só por conta da natural cobrança que acompanha tal escalação, mas também pela quase inevitável comparação com quem já fez - ou faz - o mesmo papel.

O personagem já teve nomes diferentes em outras encarnações do folhetim colombiano: na versão original, foi Armando Mendonza; em "Ugly Betty", chama-se Daniel Meade. Mesmo elogiando a versão americana da história, Bruno mais uma vez não dá muito espaço para o assunto ganhar espaço. "Cada país que produz a 'Betty' tenta trazer um pouco da sua essência. O seriado é bem bacana, mas é outra cara. A nossa terá um gingado maior", diz.

Herdeiro do poderoso Grupo Ávila, Rodrigo é um "playboy" a quem pouco importam os problemas da vida cotidiana. Filho do empresário Ricardo Ávila, interpretado por Jonas Bloch, o rapaz nunca teve de se importar com as "pequenas" coisas da vida - como trabalhar para pagar as próprias contas. "O Rodrigo é um cara largado, que não tem compromisso com nada. Essa é a melhor definição para ele", sintetiza. As belas mulheres são outro fraco do jovem que, na casa dos 20 e tantos anos, não tem o costume de concentrar sua energia apenas em Cíntia, sua namorada, vivida por Carla Regina.

Com atributos tão pouco típicos dos protagonistas de folhetim - em geral, bastiões da honestidade e do politicamente correto -, Bruno diz que ainda não sabe como fazer com que Rodrigo seja visto pelo público como alguém digno de torcida. "Isso eu vou descobrir ao longo da novela!", brinca, às gargalhadas. "Não tem como definir isso agora. Novela, a gente entende depois de dois meses fazendo. Aí você entende o personagem e o que você está fazendo", defende.

Mas pelo menos com algumas certezas Bruno já conta. A primeira é o feliz encontro do charmoso, mas irresponsável, Rodrigo e a diligente, porém desengonçada, Bela, a mocinha interpretada por Giselle Itié. "A relação deles é muito forte, de amizade, afinidade e de muita confiança", destaca Bruno. Não é para menos: a secretária chega a Agência +/Brasil justamente quando Rodrigo cai de paraquedas no cargo de diretor presidente da empresa, em uma manobra de Ricardo para dar ao filho alguma responsabilidade quanto ao futuro do império.

Jurando não saber se a dupla se tornará eventualmente um casal, o ator diz que acredita, sim, que o improvável par romântico pode acabar a novela juntos. "No seriado 'Ugly Betty', por exemplo, eles viram grandes amigos", observa. "Não sei se a Gisele vai querer fazer esse final com os dois juntos, mas acho bem provável. Acho que o público vai acabar pedindo", argumenta ele, mencionando a autora da trama, Gisele Joras.

(Por Louise Araujo)

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