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14/07/2009 - 00h43

Descoberta em um concurso, Cacau Melo agradece por sua terceira trama de Glória Perez na TV

PopTevê
Cacau Melo tem bons motivos para se sentir à vontade na pele de Deva em "Caminho das Índias", da Globo. Esse, que é seu terceiro trabalho na emissora, é também a terceira vez que ela atua em uma trama de Glória Perez. "Ela entrou na minha vida de uma maneira inesperada e, graças a Deus, permanece até hoje", reconhece a atriz, que fez "América", em 2005, e "Amazônia: De Galvez a Chico Mendes", em 2007, ambas da escritora.

CACAU MELO É A INDIANA DEVA EM "CAMINHO DAS ÍNDIAS"

  • Jorge Rodrigues Jorge / CZN

    Atriz está em sua terceira trama de Glória Perez na TV

Ao lado de veteranos como Osmar Prado e Nívea Maria, Cacau aproveita para "tirar uma casquinha" e absorver tudo o que pode. "São pessoas que fazem isso desde antes de eu nascer", frisa a atriz de 25 anos. "No início, dava frio na barriga, mas eles tratam a gente de igual para igual. A convivência é tranquila", assegura.

Na história, Cacau encara uma indiana louca para casar. Tanto que a personagem, depois de anunciar no jornal que está em busca de um noivo, passa a trocar correspondências com o espertalhão Radesh (Marcius Melhem), mas sem desconfiar das reais intenções do rapaz. "O personagem do Marcius vai até a Índia, convence a família de Deva, pega o dote e vai embora", adianta.

Para buscar esse lado ingênuo, Cacau assistiu novamente ao longa "Noiva e Preconceito", de Gurindher Chadha. "Tem uma menina no filme que é 'prafrentex', mas acaba sendo enganada por um cara", explica. "A Deva ajuda Maya a omitir a verdade, mas quando se trata de sua vida, ela age com inocência", acrescenta, referindo-se ao papel de Juliana Paes.

Cacau se identifica com a obstinação de sua personagem. Prova disso é que a atriz não hesitou em participar do "Concurso América", promovido pelo "Caldeirão do Huck", do qual a vencedora ganharia um papel na trama de Glória Perez. "Foi o concurso que me abriu as portas", analisa ela que, depois de vencer a disputa, entrou no ar como a funqueira Rose.

Antes disso, no entanto, Cacau já havia ganho experiência em TV com o seriado "Aprendendo a Empreender", do Canal Futura, e com pequenas participações na Globo. "Eu fazia parte de um fórum de teatro na internet e recebi um e-mail sobre um papel para esse programa. Mandei meu material, passei por uma peneira de testes e fui escolhida", lembra.

No início, Deva estava sempre amparando e ajudando Maya a encobrir suas mentiras. Agora você ganhou mais espaço na trama com o envolvimento de sua personagem com Radesh. Isso já estava previsto na história?

Quando fui convidada para a novela, a personagem ainda não tinha sinopse. Sabia que seria uma indiana e que seria amiga de Maya. Com o tempo, a Glória foi desenvolvendo a história da Deva. É bacana ver como agora as coisas estão acontecendo. Essa história com o Radesh era um momento muito aguardado, estava ansiosa.

Sua estreia na Globo foi em uma novela no horário nobre e agora, mais uma vez, você está na mesma faixa. Atuar em uma trama que é mais vista pelo público te assusta de alguma maneira?

No início, dá uma certa ansiedade. Afinal, novela das oito é a "menina dos olhos" da casa. Mas não me assustei ou fiquei com medo de críticas. Sou apenas cautelosa porque é uma exposição grande. O que é preciso é se preocupar com o trabalho.

Antes de "América", você já havia feito pequenas participações na Globo, mas foi depois do concurso no "Caldeirão do Huck" que sua entrada na teledramaturgia da emissora aconteceu de fato. Como você avalia sua trajetória?

Considero uma trajetória positiva porque estou trabalhando até hoje. Apesar de várias atrizes terem começado através de concurso, óbvio que você sofre um certo preconceito no início. Porém, quando entrei em "América", não senti isso. Ao contrário, as pessoas com quem eu contracenava me receberam muito bem. Mas é aquele negócio: é preciso chegar de mansinho, observando, aprendendo.

Você também teve a oportunidade de atuar em "Amigas e Rivais", do SBT. Como foi a experiência?

No início, fiquei um pouco temerosa de como seria recebida por outra emissora, estava acostumada com um certo tipo de trabalho. Mas a recepção lá foi ótima e foi uma experiência muito importante porque a gente gravava muito. Fiquei quase um ano morando em São Paulo.

(Por Luana Borges)

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