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06/06/2009 - 05h53

"A Rosinha vai além de ser mocinha ou vilã", diz Vanessa Giácomo

PopTevê
Apenas cinco anos separam o anonimato da estabilidade profissional na trajetória de Vanessa Giácomo. Nascida e criada em Volta Redonda, no Estado do Rio de Janeiro, a atriz foi protagonista logo em sua primeira
novela: o remake de "Cabocla". Depois, se tornou mãe aos 24 anos e hoje, aos 26, como a tinhosa Rosinha de "Paraíso", já é um nome conhecido da tevê. "Cada um tem seu tempo. Durante a minha vida toda eu corri muito atrás para conseguir as coisas. Nunca tive nada fácil na mão e gosto disso. Nunca fiquei me lamentando", relembra ela.

VANESSA GIÁCOMO FALA DA ROSINHA DA NOVELA "PARAÍSO"

  • Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias
Até os testes que davam errado são lembrados com carinho por Vanessa. "Não ficava triste, porque sabia que aquele 'não' era necessário naquele momento, que ia me fazer crescer. Sempre fui uma pessoa muito feliz com tudo", garante, com voz tranquila.

O jeito "Pollyana" lembra muito pouco a irascível jovem que a atriz vive hoje na novela das seis da Globo. Apesar de colecionar papéis de moças de temperamento determinado - como a Juliana de "Sinhá Moça" e a Luciana da curta participação em "Duas Caras" -, pela primeira vez Vanessa tem um personagem cujas ações chegam ao limite do aceitável para alguém "do bem". "A Rosinha vai além de ser mocinha ou vilã e é difícil fazer isso. Ela faz as coisas pelo amor imenso que acredita ter pelo Zeca. Na cabeça dela, é inaceitável ele não enxergá-la como mulher", observa.

A paixão é tanta que a personagem chegou mesmo a rogar aos santos que seu amado, interpretado por Eriberto Leão, não se recuperasse do acidente que o deixou imóvel há algumas semanas. Tudo para que ele não caísse nos braços da rival Maria Rita, de Nathália Dill. "As coisas que ela faz são absurdas, mas ela não vê assim porque não tem bloqueios. A dificuldade maior é como falar isso de uma forma pura. Ela fala por inocência", analisa.

O "aperto", porém, não fica apenas na dualidade de perfil de Rosinha. A atriz conta que, em cena, precisa virar uma "espoleta" - coisa que tem muito pouco a ver com sua personalidade. "Eu sou um pouquinho introspectiva. Já percebi que, para entrar em cena e me concentrar, preciso ficar muito elétrica. Ela nunca fica parada, está sempre fazendo alguma coisa", diverte-se ela, que fez um trabalho com a preparadora corporal Helena Varvaki.

Apesar das complexidades e até do perfil questionável em muitos momentos, Vanessa se derrete quando fala da personagem. "Ela é uma menina porreta, é muito forte. De todos os personagens que eu fiz, ela é a mais madura", defende.

Mas é mais fácil enxergar a porção Rosinha da atriz a medida que ela fala dos assuntos que a empolgam. A timidez cede espaço a uma interlocutora enérgica, por exemplo, quando a conversa é sobre o próximo trabalho cinematográfico. Dirigido por Henrique Goldman, "Jean Charles" leva para as telas a história do imigrante brasileiro assassinado em Londres pelo serviço secreto inglês, em 2005. "Foram dois meses de filmagem, em que a gente foi de um clima leve para o choque. Foi exatamente como aconteceu com eles. Para mim, foi muito impactante", conta a atriz, que interpreta Vivian, uma das primas com quem o jovem eletricista vivia na capital inglesa.

Para construir a personagem, Vanessa fez um mergulho no cotidiano de Vivian - inclusive passando tempo na casa em que ela morava na cidade natal, Gonzaga, Minas Gerais, e no apartamento que dividia com o primo. "O ator tem sempre de estar observando as pessoas, se abrindo para o mundo. Por isso, sou muito aberta às pessoas. Gosto de ouvir, de conversar, de entender", explica.

Hoje em dia, a estampa conhecida atrapalha um pouco essa aproximação.
Nada, porém, que não seja facilmente revertido. "A reação das pessoas muda, claro. Mas quando elas percebem que você está muito aberta e está próxima, isso some", defende.

(Por Louise Araujo) Comente essa e outras notícias no Fórum UOL Televisão

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