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28/03/2009 - 06h49

Cantora baiana que interpreta cantora baiana explica por que é diferente de personagem

PopTevê
Quando a Globo exibia "Armação Ilimitada", Emanuelle Araújo tinha apenas nove anos. Na época, a atriz e cantora baiana - hoje com 32 -, adorava o divertido texto do seriado, escrito, entre outros autores, por Antonio Calmon, que atualmente assina "Três Irmãs". Os anos se passaram, mas ela sempre lembrou com saudade da série cômica. Tanto que não pensou duas vezes antes de aceitar o convite para interpretar a cantora baiana Soninha Rainha na trama das sete de Calmon. Mesmo estando recém-saída de "A Favorita", onde deu vida à prostituta Manu. "Faz tempo que sou fã do Calmon. E fiquei seduzida pelo perfil da personagem, que é uma cantora baiana apaixonada, desprendida de orgulho", derrete-se.

EMANUELLE ARAÚJO FALA DE SUA PERSONAGEM EM "TRÊS IRMÃS"

O perfil da personagem, aliás, contribuiu muito para que Emanuelle deixasse de lado o cansaço e se dedicasse à composição de Soninha. "Ela é uma personagem divertida. E tem muito a ver com o universo que vivo", confirma a cantora e atriz, que teve pouco mais de um mês entre as duas produções para compor o papel. Afinal, "A Favorita" terminou no dia 17 de janeiro e Emanuelle entrou em "Três Irmãs" no dia 23 de fevereiro.

Apesar de admitir ser muito parecida com a personagem, já que ambas são cantoras baianas, Emanuelle se diz diferente de Soninha em vários aspectos. A começar pela entrega ao amor de sua vida. "Sou bem mais pé-no-chão e menos insistente do que ela. Mas acho bonito ela deixar tudo de lado para lutar por sua grande paixão", opina, referindo-se a Gregg (Rodrigo Hilbert). Mesmo sabendo que o surfista "morre de amores" por Alma (Giovanna Antonelli), Emanuelle não condena Soninha por correr atrás do rapaz. "Ela não é 'do mal'. Só vive um conflito amoroso porque ainda não esqueceu o Gregg", defende ela, que, depois que "Três Irmãs" terminar - no dia 11 de abril -, pretende descansar e se dedicar um pouco mais à banda Moinho, da qual é vocalista.

Como é entrar em uma novela na reta final?

Não é fácil ingressar em uma trama na qual todo mundo já está "quente". Mas fui tão bem-recebida pela Solange Couto, pelo Rodrigo Hilbert e pela Giovanna Antonelli - que são os atores que contracenam diretamente comigo -, que me tranquilizei. O clima da novela é muito bacana. Sem falar que é muito bom sair de uma história dramática e densa, como "A Favorita", e logo entrar em uma outra solar e divertida. Estou muito feliz.

Mas foi mais fácil para você saber que interpretaria uma cantora baiana, ou seja, uma figura muito parecida com você?

Sim e não (risos). Apesar de eu também ser uma cantora baiana, sou diferente da Soninha em vários aspectos. Sou bem mais realista em relação à paixão. Ela já é mais sonhadora. Mas temos outros pontos em comum, que são a música e a alegria de viver. E, com isso, acabo usando da minha experiência para compor a personagem. A delícia da interpretação é essa: humanizar e procurar entender o interior das personagens.

Você tem preferência entre atuar e cantar?

Não. São duas coisas tão de mim e em mim que não tenho como separar. Atuar me ajuda a cantar, e vice-versa. E me sinto feliz e completa quando estou fazendo as duas coisas. E fico mais feliz ainda quando consigo conciliar as duas carreiras, a de atriz e a de cantora. Para mim, está sendo uma delícia concorrer em duas categorias no quadro "Melhores do Ano", do "Domingão do Faustão": atriz-revelação, pela Manu, de "A Favorita", e revelação musical, pela Banda Moinho. É a consolidação do meu trabalho de atriz e de cantora.

(Por Carla Neves) Comente essa e outras notícias no Fórum UOL Televisão

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