UOL Entretenimento Televisão

15/02/2009 - 07h29

Giovanna Antonelli embarca no mundo desajeitado da Alma de "Três Irmãs"

PopTevê
Em tudo que faz, Giovanna Antonelli é intensa. No jeito de falar, de andar e nos mínimos gestos, é possível perceber que a atriz de 32 anos não gosta de nada pela metade. "Eu me doo integralmente a tudo que faço. É da minha personalidade", admite. Por isso mesmo, ela embarcou de cabeça no universo destrambelhado de Alma, uma das protagonistas de "Três Irmãs".

GIOVANNA ANTONELLI SE DIVERTE COM A ATRAPALHADA ALMA

"Depois de tantas mulheres fortes que vivi, veio essa possibilidade cômica. Desde o início fui sem medo de ser feliz, e estou adorando a boa aceitação", comemora, referindo-se aos constantes comentários que ouve nas ruas. "Muitas mulheres me param e dizem: 'Eu sou desastrada e esquecida como a Alma!'. É bom quando há essa proximidade, porque há personagens que parecem intocáveis", avalia.

Na trama de Antonio Calmon, Alma é uma ginecologista respeitada e extremamente profissional. Mas tamanha seriedade se perde automaticamente quando entra em cena a mulher frágil, com um passado aterrorizado por traumas sentimentais. "Ela teve sete namoros e sete fracassos", lembra, aos risos, referindo-se a uma das falas da médica no início da trama. Mas a má fase parece ter passado e ela agora vive um lindo - e cheio de tombos, é claro - romance com Gregg, farmacêutico vivido por Rodrigo Hilbert. "Ela tem um lado bem-resolvido, mas é atrapalhada na vida sentimental, não tem jeito", diverte-se.

Outra característica da personagem que desperta o interesse do público é o figurino. As roupas de Alma são as mais cobiçadas pelas telespectadoras que ligam para a CAT - Central de Atendimento ao Telespectador - da Globo. Giovanna conta que deu uns palpites e, junto com a figurinista Helena Gastal, chegou ao estilo básico, porém elegante, de Alma. As bolsas enormes, os lenços, os vestidões e as bijuterias ajudam a torná-la ainda mais engraçada. Afinal, a personagem é do tipo que, além de perder tudo na bolsa, ainda é capaz de tropeçar na barra do próprio vestido. "Adoro tudo que ela usa, mas não adoto nada. Deixo tudo para o papel. Quando acaba é uma nova etapa de vida de cabelo, de tudo", pondera.

Opinar, mudar e conversar sobre o papel, aliás, é essencial para Giovanna. "Eu leio, decupo, marco, faço anotações... Se há 10 cenas de choro e eu achar demais, limo cinco", conta.

Desde que estreou nas novelas, em "Tropicaliente", de 1994, ela diz que sempre procurou interpretar papéis com os quais cria algum tipo de identificação. E, se há algo em comum entre eles, é a força. Exemplos não faltam. Já em seus trabalhos seguintes, "Tocaia Grande" e "Xica da Silva", ambos da extinta Manchete, ela viveu Ressú e Elvira, respectivamente, mulheres bastante intensas. Depois, vários tipos a marcaram, como a prostituta Capitu, de "Laços de Família", a muçulmana Jade, de "O Clone", e a malvada Bárbara, de "Da Cor do Pecado". "Procuro nunca me repetir porque tenho facilidade em me vestir e despir de novo", garante, explicando o que a leva a aceitar ou recusar determinado papel. "O que me move é o fato de ler a sinopse e me apaixonar pelo trabalho. Não importa se vai ser um sucesso ou um fracasso. Faço sempre com a maior garra e vontade", pontua.

Depois que a novela terminar, em meados de abril, Giovanna só quer saber de descansar. "Quero curtir meu filho, minha casa e meus amigos", afirma. Mas, incansável, ela confessa que está à procura de um monólogo para protagonizar. "Mas ainda não achei nada interessante", diz. Além disso, estão previstos para serem lançados, ainda neste semestre, dois filmes em que ela atua. O primeiro é "Budapeste", longa de Walter Carvalho inspirado no livro homônimo de Chico Buarque. O outro é a produção norte-americana "The Heartbreaker", de Roberto Carminati, em que ela vive a protagonista Ana. Por aí, dá para perceber que, ficar parada, definitivamente, não é com ela.

(Por Fabíola Tavernard) Comente essa e outras notícias no Fórum UOL Televisão

Compartilhe:

    Hospedagem: UOL Host