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04/02/2009 - 06h24

Elder Gatelli fala do treino de kung fu para viver Jasão em "Negócio da China"

PopTevê
Elder Gatelli é do tipo incansável. O ator, que vive o Jasão de "Negócio da China", da Globo se dedicou aos treinos diários de kung fu durante dois meses e meio antes da estreia da novela, em outubro. Tudo porque na trama seu personagem é sócio da academia Terra do Meio ao lado da esposa Suyan (Luciana Mizutani). "Adoro o kung. Além de trabalhar o corpo de uma maneira maravilhosa, é esteticamente bonito", admira ele, que também fez aulas de tai chi chuan.

ELDER GATELLI FALA DOS TREINOS PARA SUA ESTREIA EM NOVELAS

  • Luiza Dantas/ CZN
Mas estar em constante movimento não é nenhuma novidade para este paranaense, nascido em Foz do Iguaçu. Desde que começou sua carreira no teatro, há 15 anos, ele já experimentou um pouco de tudo: balé clássico, dança de rua, contemporâneo e até mímica para aprimorar sua expressão corporal. "É preciso ter o domínio do corpo para exprimir ideias além das palavras. Por isso, fiz uma pesquisa em cada área para desenvolver minha própria técnica", explica.

Atualmente treinando duas vezes por semana com o professor Fabrício Pirez, que dá aulas de kung fu e tai chi chuan na academia Physical Tijuca, no Rio de Janeiro, Elder ganhou mais definição muscular e preparo. "É preciso estar bem alongado para conseguir fazer os movimentos de maneira perfeita", analisa. Mas não são apenas as mudanças físicas que o animado ator percebe. O kung fu trabalha a força, além de ajudar a diminuir o estresse. Por isso, alguns movimentos são acompanhados de respirações mais fortes e até de sons emitidos pelo lutador. "Alguns gritos são para soltar a tensão, outros para assustar o oponente", compara.

Embora o kung fu seja uma luta de ataque e defesa, Elder garante que nunca se machucou gravemente durante os treinos. "A gente sempre acaba batendo no outro com uma força a mais ou se machucando um pouco, mas nada insuportável", assegura. Esse intenso contato com a arte marcial incentivou o ator a pesquisar sobre as diferentes linhas do kung fu, como serpente, louva-a-deus, tigre e dragão, entre outras inspiradas nos movimentos de animais. "A diferença entre elas é a movimentação de molas do corpo", explica. "Quando você luta determinada linha, é preciso vestir a personalidade do animal e incorporá-la no movimento", acrescenta ele, que também leu o clássico chinês "Tao Te Ching", livro que a tradição chinesa diz ter servido como obra inspiradora para diversas religiões e filosofias. "Absorvi tudo que pude desse universo", ressalta.

Tanto empenho não é à toa. Afinal, Elder sabe bem como é a preparação de um ator para encarar um papel. Isso porque ele trabalhou como "coach" em duas temporadas de "Toma Lá Dá Cá". "Eu passava o texto com os atores para deixá-los mais seguros e preparados para a gravação", conta. Foi no humorístico que ele conheceu Miguel Falabella e teve a oportunidade de fazer um teste para a novela, a primeira de sua carreira. "Todo o tempo em que estive ali, foi aprendendo, admirando e observando. Sou extremamente grato", comemora ele, que começou a atuar por pura diversão.

Aos 14 anos, descobriu o teatro amador e desde então não largou mais a interpretação. "Acabou virando minha vida. É algo que me realiza muito e me faz feliz", enaltece.

Apesar da admiração pelo kung fu, o ator acredita que não vai continuar com os treinos quando a novela chegar ao fim. "Vou tentar, mas vai ser difícil porque o kung fu exige muita dedicação e quero pesquisar outras coisas para aumentar meu repertório", planeja. Ainda assim, ele pretende seguir os ensinamentos da luta, como valorizar a família, os princípios, o caráter, a palavra e o respeito. "É uma filosofia de vida mesmo", conclui.

Por Luana Borges

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