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19/12/2008 - 01h57

"A Favorita" vence quatro categorias na eleição "Melhores de 2008"; veja os escolhidos

PopTevê
João Emanuel Carneiro não tem do que reclamar do ano de 2008. Também pudera. Logo em sua primeira novela das oito, o autor arrebatou o público ao revelar no segundo mês da trama a culpada de "A Favorita". Aliás, quando escolheu o título da história, João parecia estar prevendo que a trama se tornaria a predileta dos telespectadores. Vale lembrar, porém, que ele contou com uma boa dose de sorte aliada a um elenco talentoso. Afinal, o ano foi de uma certa escassez criativa em se tratando de teledramaturgia.

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    "Desde o início, propus um jogo, no qual convidava o público a participar. Fiquei imensamente feliz ao perceber que ele aceitou entrar nessa grande brincadeira", analisa João sobre a vitória de "A Favorita", eleita a Melhor Novela de 2008 com 56,74% dos votos. A eleição foi aberta a todos os telespectadores, que durante dez dias puderam votar pelo "UOL Televisão".



    Apesar de registrar uma média de 40 pontos de audiência - marca considerada morna para a emissora no horário das oito -, a novela prendeu a atenção do público pela performance de alguns atores. A começar por Patricia Pillar, a perversa Flora, que foi eleita a Melhor Atriz com 31,49% dos votos. "Acredito que o público se identifique com o humor que surge da falta de pudor da Flora, que chama a Lara de purgante e o Gonçalo de velho babão. De uma certa forma, ela traz um pouco de leveza para um universo tão pesado", avalia a atriz, que desbancou a espalhafatosa Rakelli, papel de Ísis Valverde em "Beleza Pura", que totalizou 22,40% dos votos.

    Quem conquistou o título de Melhor Ator foi Murilo Benício, o inescrupuloso Dodi da mesma novela. A história do papel, por sinal, é bem curiosa. A princípio, o golpista seria vivido por Fábio Assunção que recusou o personagem na época. Interessado em apostar em outra linha de interpretação, Murilo aceitou o malandro de presente. E, aplicado que é, levou muito a sério a tarefa. Afinal, estava querendo fazer menos humor, gênero que vinha encarando com uma certa freqüência. Seu último papel na tevê, por exemplo, foi o atrapalhado Arthur Fortuna de "Pé Na Jaca". "Não sei se é bom ou ruim um vilão ser querido. Só acho engraçado", diverte-se Murilo, que arrebatou 23,53% dos votos.

    Como se já não bastasse abocanhar os prêmios de Melhor Novela, Melhor Atriz e Melhor Ator, "A Favorita" também levou, através de Miguel Rômulo, o prêmio de Ator Revelação. Na pele do maduro Shiva Lênin, o ator, de 16 anos, pôde experimentar o drama de um menino que se divide entre dois pais: o lunático Augusto César, de José Mayer, e o correto Elias, de Leonardo Medeiros. "Fico feliz com a evolução do Shiva, que era um papel pequeno, que foi ganhando espaço na novela, e está dando certo", derrete-se Miguel Rômulo, que recebeu 32,60% dos votos do público.

    Para provar que a audiência não se ateve apenas à novela "A Favorita", a vencedora na categoria Atriz Revelação foi Katiuscia Canoro, a Lady Kate do humorístico "Zorra Total", também da Globo. Com os divertidos bordões "Tô pagano!" e "Dinheiro eu tenho, só me falta-me o gramour!", a curitibana caiu nas graças do público. Prova disso é que obteve 37,64% dos votos, derrotando Alessandra Maestrini, a hilária Bozena, de "Toma Lá Dá Cá" - que conquistou 33,38% dos votos.

    Na categoria Melhor Programa, o humor também foi campeão. Em uma disputa acirrada com o programa "Sábado Animado" - que ganhou campanha promovida pelo "Pânico" e liderou a competição por um bom tempo - o humorístico "CQC", da Band, ganhou a preferência dos telespectadores, registrando 32,78% dos votos. Com um humor irônico, o programa apresentado por Marcelo Tas, Rafinha Bastos e Marco Luque conquistou o público nas noites de segunda. "Acho que a aceitação se deveu à força do 'CQC' na internet. O programa cresceu por conta do boca-a-boca digital", acredita Marcelo Tas.
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