Fora do ar, Vitor Hugo é o extremo oposto de Marreta, líder do ferro-velho que interpreta em "Chamas da Vida", da Record. Centrado e sereno, o ator carioca é formado em Filosofia pela PUC-Rio e, como bom estudioso do pensamento humano, dedica várias horas do dia à leitura de clássicos de Nietzsche e Heidegger, entre outros. A paixão pelo estudo dos grandes pensadores é tanta que, antes de a novela estrear, Vitor nem tinha tevê em casa para não se dispersar.



"Só peguei uma emprestada agora, porque um amigo foi lá em casa e ficou surpreso por eu não ter. Uma semana depois, ele me ligou e disse: 'Na casa da minha avó tinha uma tevê parada no quarto de empregada. Peguei para você'", conta, não demorando para acrescentar. "E eu falei para ele: 'não é por falta de condições de ter. É porque não quero'", lembra, aos risos.

Apesar de viver em meio de livros, Vitor admite que nunca tinha lido ou estudado nada sobre automóveis. Por isso, quando soube que viveria um habilidoso "envenenador" de carros, correu para uma loja especializada em veículos tunados, ou seja, transformados ao gosto dos donos. "Passei um dia lá mexendo em motores e tentando entender alguma coisa. Não queria ficar perdido no set", conta.

Antes de encarnar Marreta, Vitor também fez questão de ir a um encontro de jovens com carros tunados para começar a se familiarizar com a linguagem deles. "Fiquei impressionado com a quantidade de jovens que tem carro tunado e participa de rachas. Não imaginava essa paixão tão fervorosa", surpreende-se o ator de 31 anos, que, a princípio, não teria um romance com Manu, personagem de Juliana Lohmann. "O papel cresceu muito mais do que era esperado", comemora.

(Por Carla Neves)
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