De olho no mercado externo, a Record fugiu da "cara de novela" e aposta em um padrão mais próximo dos seriados americanos na produção de sua nova série "A Lei e o Crime". Para isso, dispensou as câmeras múltiplas e está filmando todo o seriado com câmera única, que é a linguagem dominante nas séries dos EUA. A câmera em questão é uma Viper, que chega a custar até US$ 500.000 e faz toda captação em alta definição. Na Globo, a Viper foi usada na produção de "Hoje é Dia de Maria".

A decisão filmar a série com câmera única tem vantagens na qualidade do resultado e na possibilidade de venda para outros países. Por outro lado, complica a produção: a Record precisou contratar funcionários específicos para cuidar do foco, por exemplo, e o tempo gasto para as filmagens é muito superior ao que se leva para gravar uma novela.

O seriado começou a ser gravado esta semana na comunidade Tavares Bastos, no Rio de Janeiro. As cenas, dirigidas por Alexandre Avancini, contaram com a presença dos atores Ângelo Paes Leme (Nando) , Silvio Guindane (Valdo) , Aline Borges (Lacraia) e André Ramiro (Tião Meleca).

A série terá temática policial e vai contar a história do crime na vida de Nando, um trabalhador de classe média baixa que comete seu primeiro crime e logo se vê controlando o tráfico de drogas de uma favela carioca.

A Record pretende estrear "A Lei e o Crime" no dia 5 de janeiro, mesma data em que a Globo começa a exibir a minissérie "Maysa".
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