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08/07/2008 - 00h55

PlayTV sai do ar após fim do contrato com Rede 21

MARINA CAMPOS MELLO
Da Redação
A programação da PlayTV, que ocupava seis horas do horário nobre da Rede 21, do Grupo Band, saiu do ar nesta segunda-feira (7), sem aviso prévio, e foi substituída por programação da própria Rede 21. De acordo com a Rede 21, o contrato de parceria terminou neste domingo, e as empresas, de comum acordo, decidiram não renová-lo. O UOL apurou que a saída da PlayTV, que havia feito recententemente investimentos em equipamentos, não foi de comum acordo com a Rede 21. A PlayTV pertence ao grupo Gamecorp, empresa que tem entre seus sócios a operadora de telefonia Oi (ex-Telemar) e Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Lula.

A Rede 21, assim como a PlayTV apostará no público jovem. O canal exibirá programas como "TV Teen", direcionado a espectadores de 13 a 19, "Music Machine", com seleção de clipes, "Fanpix", com novidades sobre HQs, animes, livros e filmes, e "Supernovas", que traz notícias sobre o mundo dos games, cinema, música, quadrinhos, internet, moda, tecnologia, esporte e saúde. A Play TV diz que já está estudando novas propostas de parceria para voltar ao ar. Atualmente, sua programação pode ser vista pela internet, no portal de TV Joost.

Mau negócio

De acordo com a coluna Outro Canal, publicada na Folha de S. Paulo no último dia 13, a parceria foi desfeita porque a PlayTV não alavancou nem a audiência nem as receitas da Rede 21. A Gamecorp era originalmente uma produtora de games e conteúdo para celular. Quando o acordo foi fechado, em 2006, havia a expectativa de que a PlayTV se tornasse um bom negócio com a convergência entre games e a TV digital, o que acabou não acontecendo.

Em agosto de 2007, a PlayTV tornou-se notícia depois que a polícia federal começou a investigar uma suspeita de tráfico de influência no investimento de R$ 5 milhões feito pela Telemar (Oi) na Gamecorp, que, segundo o procurador que solicitou a abertura do inquérito, poderia ser motivado pela presença do filho do presidente Lula na empresa.

Segundo o procurador que estava investigando o caso, teria havido "desproporcional aporte de recursos" à Gamecorp, "única e exclusivamente em razão de contar com a participação acionária do filho" de Lula, o que poderia configurar, em tese, tráfico de influência. Os envolvidos no caso sempre negaram as irregularidades.
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