UOL Entretenimento Televisão

15/08/2006 - 22h35

Gabriel Braga Nunes encerra primeira fase de "Cidadão Brasileiro" sobrecarregado

MARINA CAMPOS MELLO
Da Redação

Reprodução TV UOL

Gabriel Braga Nunes grava em cidade cenográfica que reconstitui a construção da cidade Brasília

Gabriel Braga Nunes grava em cidade cenográfica que reconstitui a construção da cidade Brasília

'Leia também','Segunda fase da novela terá novos atores e mais tramas paralelas|http://televisao.uol.com.br/ultnot/2006/08/15/ult698u11062.jhtm','Record voa para fazer novela quase ao vivo|https://acesso.uol.com.br/login.html?dest=CONTENT&url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1208200604.htm&COD_PRODUTO=7 target=_blank' São quase 13h na cidade cenográfica. Sob um escaldante sol fora de época, cerca de 40 figurantes aguardam o início das gravações de uma cena da novela "Cidadão Brasileiro", da Record. Entre eles, há 10 índios da tribo krukutus, trazidos de uma aldeia do distrito de Parelheiros, no extremo sul da cidade de São Paulo.

Os índios, que falam guarani e pouco se expressam em português, estão lá para dar veracidade à reconstituição da construção da cidade de Brasília, que, na história de Lauro César Muniz, está a cargo de Antônio Maciel, interpretado por Gabriel Braga Nunes.

As gravações estão atrasadas. Deveriam ter começado cerca de duas horas antes, durante a manhã. Braga Nunes, o "cidadão brasileiro" que carrega a novela nas costas, está a caminho da fazenda em Bragança Paulista, cidade a 87 quilômetros de São Paulo, onde se localizam a cidade cenográfica de Guará e o canteiro de obras de Brasília, onde Antônio vem tentar refazer a vida.

Parte do atraso das gravações se deve ao complicado trânsito de São Paulo, habitual numa sexta-feira. Para encurtar o caminho, o ator faz a viagem entre a emissora e a fazenda a bordo de um helicóptero. A demora para iniciar as gravações não seria tão inquietante se a cena em questão não fosse ao ar no dia seguinte ao das gravações. "E se chovesse? E se houvesse algum problema? Como iríamos fazer? Seria um problemão...", diz uma produtora.

Braga Nunes chega e, enquanto se veste e faz a barba, os figurantes se transformam em "candangos" e se põem a "trabalhar" na obra. Sem demora, Gabriel começa a gravar uma seqüência de poucas falas, um tanto quanto tensa. Seu personagem está sem dinheiro para pagar os peões da obra e tenta encontrar uma solução para o problema.

Mas a tensão não é apenas fictícia. A equipe está com pressa e a voz do diretor Fábio Junqueira demonstra que não se pode perder um minuto. Vez ou outra, Antônio Gonzalez, o diretor-assistente, se irrita com a figuração, que "trabalha" sem a energia necessária, ou não consegue atender às instruções e se manter no posicionamento correto. As cenas são repetidas. E, de terno e gravata, Braga Nunes, com ar resignado, vai e vem pelo set, entre materiais de construção e tratores. Ora a pé, ora dirigindo um jipe que levanta uma poeira vermelha.

Entre uma cena e outra, ele explica a importância da construção de Brasília para seu personagem. "A construção é o início da reconstrução da vida do Antônio. É o momento em que ele começa a ressurgir como homem de negócios, a fazer dinheiro de novo e se volta a ser um homem importante". A construção também marca o final da primeira fase da novela --a partir do final de agosto, a história de "Cidadão Brasileiro" pula da década de 50 para o ano de 1968 e entra em sua segunda fase (leia mais).

É fim de tarde. Braga Nunes troca de roupa. Ele ainda tem que gravar uma cena em que contracena com a atriz Carla Regina, que interpreta Carolina, uma das várias mulheres com quem Antônio se envolve. O sol já está bem mais fraco. Mas, para o ator, o trabalho ainda está longe do fim. Ele pegará novamente o helicóptero para voltar a São Paulo, pois ainda há cenas a serem gravadas em estúdio.

Compartilhe:

    Hospedagem: UOL Host