UOL Entretenimento Televisão
 
18/05/2006 - 22h58

"Linha Direta - Justiça" trata furto da Jules Rimet com humor

Do PopTevê
  • Enrique Diaz em cena como autor do crime

    Enrique Diaz em cena como autor do crime

A história do Brasil nas Copas do Mundo apesar de ser repleta de vitórias, é marcada por algumas decepções e por um caso tragicômico: o furto da Taça Jules Rimet. O troféu, conquistado definitivamente pelo Brasil ao se tornar tricampeão mundial, foi furtado da sede da CBF no dia 19 de dezembro de 1983, em um confuso episódio.

Na tentativa de esclarecer o crime, o programa "Linha Direta - Justiça", que vai ao ar no dia 1º de junho, faz uma reconstituição da história. "É um caso ainda recente na história do país e muito mal-explicado", conta Márcio Trigo, diretor do programa. "Vamos mostrar como aconteceu todo o processo do roubo e como os autores do crime se conheceram e planejaram tudo", adianta Márcio.

A história do furto levanta de imediato uma questão. Por que a réplica da taça estava no cofre da CBF, e o troféu original, exposto em uma frágil vitrine? O caso começou a ser elucidado com a ajuda de Antonio Setta, um ladrão/torcedor (Mario Shoemberger) que se recusou a participar do plano. Ele informou à Polícia Federal quem eram os autores do crime, uma quadrilha formada por quatro brasileiros e um argentino. A denúncia de Broa resultou na prisão do representante do Atlético Mineiro na CBF, Sérgio Peralta, vivido no programa por Chico Diaz. A partir da prisão de Broa, os integrantes da quadrilha foram sendo pegos um a um.

Em mãos argentinas

Para dar veracidade à reconstituição, cenas do programa foram gravadas em locações no Rio de Janeiro, em locais como a Praça Mauá e a Quinta da Boa Vista, onde os fatos realmente ocorreram. Outras foram gravadas no Projac, em cenários construídos especialmente para a trama. Em um terminal rodoviário cenográfico, Enrique Diaz, que interpreta o comerciante de ouro Juan Carlos Hernandez, gravou a cena em que seu personagem é preso pela polícia federal. "Ele é apontado como o responsável pelo derretimento da taça. No fim, ela acabou nas mãos de um argentino", brinca o ator.

Nos bastidores, durante o intervalo de suas cenas, Enrique mantém a cara de mau do personagem e se diverte com a caracterização. "O texto estava escrito em "portunhol". Mas eu quis falar em espanhol mesmo", conta ele.

Para que nenhum detalhe fosse deixado de lado, a pesquisa do roteiro começou no ano passado. "Fizemos até uma réplica da taça. Foi moldada por um ourives e demorou uma semana para ficar pronta", diz Márcio Trigo. Também foram localizados alguns craques da época, como Pelé, Gérson e Rivelino, além de investigadores e promotores que trabalharam no caso. E Márcio adianta que não faltará humor. "O país todo se sentiu enganado. Não podia deixar de usar uma certa ironia", conclui.

(Natália Castro)

Grupos de Discussão UOL


Hospedagem: UOL Host