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27/12/2005 - 18h52

"Avassaladoras" quer retratar a visão masculina do universo feminino

FÁBIOLA TAVERNARD
Do PopTevê
  • Márcio Garcia e Vanessa Lóes estão em <i>Avassaladoras</i>, que estréia em janeiro

    Márcio Garcia e Vanessa Lóes estão em Avassaladoras, que estréia em janeiro

Quatro mulheres bonitas, inteligentes, independentes, urbanas e bem-sucedidas. Estaria tudo perfeito não fosse o fato de estarem solteiras. E este ser o pior de seus pesadelos.

É em torno desta e outras questões que assombram o universo feminino que gira a série "Avassaladoras", que estréia na Record em 27 de janeiro, às 22h15. "Estamos tendo o mesmo cuidado qualitativo que tivemos no filme", diz Mara Mourão, diretora da "sitcom" produzida Total Filmes e inspirada no filme homônimo, também dirigido por ela.

A série é composta de 22 episódios semanais de uma hora, e cada um deles apresenta situações e "saias-justas" bem comuns nas relações entre homens e mulheres de hoje em dia.

Vanessa Lóes vive a publicitária Laura. Pragmática, ela não desiste de sonhar com o príncipe encantado, e é o tipo de mulher que faz de tudo para agradar o amado. "A Laura é o tipo de mulher que, se a fantasia sexual do cara for vê-la vestida de heroína dos quadrinhos, ela vai lá e se veste", destaca Vanessa.

Giselle Itié é a "DJ" Silvinha, a mais "maluquinha" e desencanada das três. Para ela, se aparecer homem, ótimo. Se ficar sozinha na noitada, sem problemas.

Débora Lamm é Betty, uma mulher que, depois de conhecer os dissabores do casamento e se separar, só quer saber de se divertir. "Uma noite e nada mais" é com ela mesma.

Para completar o "time", Virgínia Cavendish dá o tom a Teresa, uma refinada executiva que, depois de dedicar a vida à carreira, começa a sentir o peso da idade --afinal, já passou dos 30. Por isso, inicia uma "caçada" ao marido ideal e percebe que, em matéria de amor, é apenas uma estagiária.

No meio de tanta mulher, não poderia faltar um "gostosão" para mexer com os hormônios. E, para completar, misterioso. Caíque, personagem de Márcio Garcia, é um redator que acaba de entrar na agência em que Laura trabalha, e provoca suspiros por onde passa. O bonitão é do tipo simpático, sempre bem-arrumado, e faz o gênero despretensioso. O que, aliás, desperta dúvidas em relação à sua sexualidade. "Ele não acha que o mundo vai acabar amanhã, como 99% dos homens quando se excitam. Ele sabe exatamente o que as mulheres querem", dispara.

Além de atuar, Márcio é o "narrador" da série, e representa a análise masculina do universo feminino. "Pelo que eu concebi, ele deve botar para quebrar entre quatro paredes. Mas o difícil é conseguir levá-lo para a cama", define.

Outro que deveria "ostentar" testosterona na série é Danilo, vivido por Eduardo Galvão. Ele é um "designer" bonito, inteligente e refinado. Seria o parceiro ideal não fosse um pequeno detalhe: é homossexual.

Tentar manter-se o mais fiel possível à realidade é um dos desafios da equipe de produção. Os três cenários principais da "sitcom" são o Rio de Janeiro --são muitas as cenas externas--, e duas casas, uma no Horto e outra em Santa Tereza, bairros da Zona Sul carioca, onde estão montados os cenários das casas, locais de trabalho e restaurantes freqüentados pelos personagens. "Como o formato de gravação é parecido com cinema, temos de dividir as coisas de forma prática", explica Jorge Soares, diretor de arte assistente.

Já figurino e maquiagem vêm com a proposta de fugir à fórmula de "magia" adotada pelas telenovelas. O maquiador Guilherme Pereira garante que o público vai ver as personagens acordando de cara lavada, e não lindas, como já é de costume. "Elas se vestem bem, mas acordam e dormem de camiseta rasgada, que nem a gente", jura Karla Monteiro, figurinista.
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