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20/11/2010 - 08h00

Mônica Torres flerta com o antagonismo em "Ribeirão do Tempo"


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  • Monica Torres faz a a decidida Célia de Ribeirão do Tempo, da Record

    Monica Torres faz a a decidida Célia de "Ribeirão do Tempo", da Record

Ela vive em paz com o tempo. A pressa não combina com as decisões profissionais de Mônica Torres. A certeza de o que optar, de quando optar e de quais caminhos sua carreira deve seguir, lembram, salvas as devidas proporções, a decidida Célia de "Ribeirão do Tempo", da Record. "O meu namoro com a Record já tem um tempo. Tentamos nos combinar várias vezes, mas sempre havia algum impedimento. Aí calhou de dar certo e fui contratada", explica a atriz, que está na emissora desde 2009.

No começo da novela de Marcílio Moraes, Mônica interpretava uma mulher que havia sido uma modelo viajada e totalmente urbana que, por contingência da vida, teve de ir morar com o marido na pequena cidade de Ribeirão do Tempo. A história da personagem ganhou um frescor a mais quando ela trocou os afazeres da vida insossa por uma aventurosa relação extraconjugal com Doutor Teixeira, papel de Victor Fasano. Voluntariamente ou não, ela aproxima o amante e o marido Bruno, vivido por Giuseppe Oristanio, e vive tranquilamente este triângulo amoroso. "Agora a minha personagem virou uma 'Lady Macbeth'. Ela é a cabeça, ela imagina e decide o que vai ser feito e eles vão lá e fazem. Não é uma vilã, e sim uma articuladora", compara a atriz, que cita a cruel personagem da tragédia "Macbeth", do dramaturgo inglês William Shakespeare.

  • Divulgação/TV Record

    A atriz Mônica Torres tem contrato com a Record desde 2009 e pretende fazer mais novelas na emissora

Em seu segundo trabalho na Record, a atriz não esconde a felicidade com a emissora. "Aqui tenho noção do meu real tamanho como atriz, da importância que posso ter ou não, do espaço que posso ocupar ou não. Então é muito bom isso", empolga-se. Antes de estar em "Ribeirão do Tempo", Mônica ainda viveu Teresa na série "A Lei e o Crime", também na Record e escrita por Marcílio Moraes. "Ninguém é só vilão, ninguém é só bonzinho. Não tem esse maniqueísmo", opina sobre as personagens do autor, referindo-se também à Teresa, que na série era uma mulher em conflito e mãe de um drogado.

Na Globo, Mônica jamais teve contrato longo, apenas por obra. Hoje, ela analisa positivamente a concorrência sadia entre todas as emissoras. "Quando a Record me ligou, eu estava desimpedida. É mercado. Acho que qualquer artista que tenha oportunidade de sair um pouco da Globo e trabalhar em outro lugar é bom. Todo mundo ganha. As emissoras ganham, o ator ganha e o telespectador ganha", acredita.

Ao longo destes mais de 30 anos de carreira, Mônica guarda com carinho uma personagem que marcou a sua trajetória profissional. Foi no ano de 1987, na Manchete, com a novela "Helena", escrita por Mario Prata, uma adaptação romance homônimo do escritor Machado de Assis. "Eu fazia a Madalena, uma personagem que era louca e que vivia no porão. Nossa, como gostei de fazer! Na realidade ela fingia que era louca. Ela tinha uma consciência muito grande do que acontecia à volta dela e também sabia que não era filha do pai, mas sim do tio com a mãe", recorda a atriz.

Morando em São Paulo desde o final de julho deste ano, Mônica tem feito da ponte aérea Rio-São Paulo uma rotina na sua vida. As gravações de "Ribeirão do Tempo" acontecem em estúdio e na cidade cenográfica da novela localizados em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. "A correria é grande, cansa bastante, mas vale a pena porque este é o meu trabalho", diz atriz.

(por Gabriel Sobreira)

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