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20/09/2010 - 08h00

No ar em "Passione", Gabriela Carneiro mostra seu estilo despojado


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  • Gabriela Carneiro, a Cris de Passione, é frequentadora assídua de alguns brechós na zona sul do Rio de Janeiro

    Gabriela Carneiro, a Cris de "Passione", é frequentadora assídua de alguns brechós na zona sul do Rio de Janeiro

Há quem siga as tendências da moda. Outras pessoas simplesmente criam seu próprio estilo na hora de se vestir. Gabriela Carneiro da Cunha, a Cris de "Passione", se encaixa no segundo grupo. O que ela mais gosta é de misturar peças contemporâneas com coisas mais antigas e passa longe do que está em alta no mundo fashion. "Para mim, moda é se me sinto confortável, se me sinto bem", explica. Fã de brechós, a atriz costuma compor boa parte de seu armário com roupas de segunda mão. "Gosto de coisa velha, com história. Gosto que a roupa me remeta a um outro tempo, que se desencaixe dessa época de agora", ressalta. Por isso mesmo, Gabriela aproveitou os três meses que passou em Paris, onde fez um curso com o Théâtre du Soleil no ano passado, para trazer novidades. Afinal, a capital francesa é repleta de brechós. "Comprei muita coisa. Lembro que fiquei enlouquecida. Aqui, essa possibilidade está começando", compara.

Mas, no Brasil, Gabriela também frequenta alguns brechós. Entre eles, um que fica em Ipanema e outro em Laranjeiras, ambos na zona sul do Rio de Janeiro. O primeiro foi aberto por um ator, que tinha um acervo grande de figurinos. "Gosto disso, dessa coisa de roupa de personagem. Lá, tem peças incríveis que não encontramos por aí", conta. Já no segundo, conhecido como Brechó das Velhinhas, a atriz consegue fazer uma boa economia. "Uma vez, gastei R$ 25 em quatro peças lindas", surpreende-se ela, que também compra roupas em lojas convencionais, como Cavendish e Cantão. Mas não é porque gosta de peças mais antigas que Gabriela não admire o trabalho de alguns estilistas. A atriz adora as criações de Adriana Barra e de Isabela Capeto. "São as duas com quem mais me identifico. Amo as estampas e os detalhes", frisa ela, que elege o vestido longo e colorido da Adriana Barra para um almoço com as amigas, e o curto transpassado da Isabela Capeto para uma festa.

  • Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

    Para Gabriela Carneiro, o conforto deve ser levado em consideração na hora de se vestir

Aliás, os vestidos são a marca registrada de Gabriela, que coleciona vários em seu guarda-roupa. "Se eu não cuidar, acho que só coloco vestido", brinca. As cores vibrantes e as estampas também são um ponto forte no look da atriz. Já no que diz respeito aos acessórios, ela prefere os maiores. Ainda mais porque tem os cabelos cacheados e volumosos. "Se eu coloco uma coisa pequenininha, não aparece", conclui. Mas Gabriela está longe de cometer exageros. Se for para usar um brinco grande, opta por uma pulseira mais discreta e vice-versa. "Ou uma coisa, ou outra. Para mim, é sempre menos do que mais", garante. O conforto também é levado em consideração na hora de se vestir. Mas a atriz já teve a experiência de usar algo por ser bonito e se arrepender no meio da festa. "Você aprende com isso e vê que não vale a pena", destaca. "Você pode estar linda em uma festa, mas se estiver sentada, com o pé doendo, não é nada", completa.

Adepta de um figurino mais despojado, Gabriela não se identifica tanto com o estilo de sua personagem em "Passione". Na trama, Cris mora em São Paulo e usa roupas mais sóbrias, com cores neutras. Já Gabriela, que adora frequentar Santa Teresa, bairro boêmio e turístico do Rio de Janeiro, é mais colorida. "Aqui, a gente coloca chinelo para ir ao shopping. Em São Paulo, não", destaca a atriz, que entrou para a novela após fazer um teste. Na mesma época, tentou um papel em "Escrito nas Estrelas" e acabou passando para os dois folhetins. A emissora, então, decidiu que ela ficaria no trama de Silvio de Abreu. Por conta disso, logo em sua primeira novela, Gabriela está tendo a chance de trabalhar com veteranos, como Cleyde Yáconis, Fernanda Montenegro e Elias Gleizer, entre outros. "É incrível estar em cena e no camarim com eles, poder tomar um café, ouvir histórias...", conta.

(por Luana Borges)

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