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27/07/2010 - 07h00

Reynaldo Gianecchini rebate críticas ao vilão de "Passione"

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  • O ator Reynaldo Gianecchini completa 10 anos de carreira e rebate críticas a seu personagem

    O ator Reynaldo Gianecchini completa 10 anos de carreira e rebate críticas a seu personagem

A interpretação de Reynaldo Gianecchini para o antagonista Fred de "Passione", da Globo, é múltipla: são vários personagens em um só. Às vezes é um rapaz humilde, às vezes um gigolô, em outras alguma ocasiões é calculista, em outras, vítima e vingador. Com dez anos de carreira e com papel de destaque em todas as sete novelas, Gianecchini não esconde a alegria em viver um personagem que não precisa da total aceitação dos telespectadores. "É fundamental que as pessoas gostem do mocinho. Já o vilão não precisa. É até bom se não gostarem, que fiquem com raiva", conta aos risos.

A estreia de Giane na televisão aconteceu na novela "Laços de Família" (2000), da Globo, com a interpretação do jovem médico Eduardo. "Estar em cena com mais tranquilidade e técnica te permite trabalhar melhor. Acho que faltava segurança", analisa o ator.

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    Giane está em sua oitava novela e pela primeira vez interpreta um vilão

Uma década depois de estrear na TV, o trabalho de Reynaldo Gianecchini ainda é alvo de críticas frequentes. Atualmente, ele parece estar blindado às análises de terceiros diante do seu desempenho, tido como aquém da companheira de cena Mariana Ximenez, a Clara. "São poucas as pessoas que valem a pena respeitar a crítica. Aqui temos muitos palpiteiros", rebate. "Crítica, por mais que seja positiva ou negativa, nunca vai ser base para o meu trabalho. Então não vale a pena ler tudo", afirma.

O ator, que também é modelo, não ignora o fato da sua beleza tê-lo ajudado a abrir portas profissionalmente. "Ela [a beleza] também pode atrapalhar, porque é como se, por ser belo eu não pudesse ser talentoso. Ou, por ser belo, tenho que provar mais". Giane acredita que se fosse um homem fora dos padrões de beleza e de origem humilde as pessoas seriam muito mais condescendentes com ele. "Tenho certeza disso. Acho que as pessoas iam querer gostar de cara. No meu caso, as pessoas vão com uma resistência. Então, tenho que provar mesmo".

Natural de Birigui, cidade do interior de São Paulo, Gianecchini explica que não gosta de provar seu talento para ninguém, a não ser para ele mesmo. "Eu quero estar satisfeito com o meu trabalho. Eu sou o meu maior crítico. Quero assistir e falar: 'pô, estou gostando do que vejo'", diz.

O ator mostra-se ressentido quando lembra de seu papel em "Esperança" (2002), novela global em que viveu o italiano Tony. Na trama, Giane viveu cenas de fortes emoções ao lado de Ana Paula Arósio e de Priscila Fantin. "Quando revejo, fico orgulhoso de tudo que fiz naquela novela. Hoje em dia, ninguém cita muito esse papel".

Mesmo sem ter a base de uma faculdade de Artes Cênicas, Gianecchini diz que seu aprendizado vem na rotina das gravações e no próprio empenho em melhorar por meio de cursos paralelos. "Esta é uma profissão de muita ralação, exposição e trabalho. Estes dez anos de carreira mais pareceram 50 de tão intensos que foram. Estamos o tempo todo na berlinda para as outras pessoas gostarem ou não do nosso trabalho", desabafa o ator, que considera o foco e o equilíbrio emocional como principais características na carreira.

Os números de audiência de "Passione" jamais foram um problema para ele. "Não paramos para pensar nisso. Honestamente, eu nem sei como é que está a audiência", revela Giane, que não tem dúvidas do sucesso do folhetim de Silvio de Abreu. "Fazia tempo que eu não assistia novela e essa tenho vontade de assistir. Todos os personagens estão inteiros. Se essa novela não der certo, então temos que repensar tudo", opina.

(por Gabriel Sobreira)

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