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25/07/2011 - 07h05

Em "O Astro", Rodrigo Lombardi diz que é uma diversão interpretar Herculano Quintanilha

Do Pop Tevê
  • Rodrigo Lombardi interpreta Herculano Quintanilha no remake O Astro

    Rodrigo Lombardi interpreta Herculano Quintanilha no remake "O Astro"

Interpretar o protagonista em um "remake" de uma novela de sucesso é um motivo palpável para apreensão e ansiedade. Mas Rodrigo Lombardi preferiu encarar como diversão. Na pele de Herculano Quintanilha em "O Astro", o ator ressuscita o papel que foi de Francisco Cuoco na versão original, escrita por Janete Clair e exibida pela Globo entre 1977 e 1978. "Todo mundo pensa assim: 'Quanta responsabilidade!'. Mas não. Quanta diversão. Como é gostoso dividir cena com essa galera", conta ele, que tem Alinne Moraes, Carolina Ferraz, Humberto Martins, Guilhermina Guinle e o próprio Cuoco como colegas de elenco. "Nunca encarei nenhum personagem com responsabilidade porque ela só vem para atrapalhar e para você pensar em dúvidas. Quando entramos em cena, só temos de ter certezas", completa.

Ele é atual, autêntico, humano. Erra, acerta, ama. São todos os ingredientes que acho que o herói da dramaturgia moderna tem de ter

Rodrigo Lombardi, sobre seu personagem em "O Astro"

Rodrigo aproveita a participação de Cuoco na trama, encarnando Ferragus, mentor de Herculano no universo do ilusionismo, para conversar e aprender. "O Chico é uma enciclopédia. Tento pegar um pouco dessa experiência quando estamos em cena e fico quietinho, ouvindo ele falar", derrama-se. Mesmo assim o ator preferiu não assistir aos capítulos da obra original. Até tentou ver alguma coisa na internet, mas desistiu rapidamente. "Era muito bom e isso me intimida", confessa, aos risos.

A ideia de Rodrigo é justamente trazer uma nova leitura, mas mantendo a essência do personagem. Na história, Herculano é uma espécie de herói às avessas. "Ele é atual, autêntico, humano. Erra, acerta, ama. São todos os ingredientes que acho que o herói da dramaturgia moderna tem de ter", opina.

A preparação para o papel consistiu, basicamente, em estudar ilusionismo. Por isso, Rodrigo teve o auxílio de Mário Kamia e Léo Otsuka, os mesmos mágicos com quem trabalhou na época de "Bang Bang", quando interpretou Zoltar, um mago sem escrúpulos. Os profissionais o ensinaram, principalmente, truques feitos em grandes aparelhos. "Um dos números que mais gosto é a metamorfose suspensa", destaca, referindo-se ao truque em que o artista, sobre uma caixa suspensa, troca de lugar com a ajudante que está no chão, após cobri-la com um pano. Rodrigo também se preocupou em desmistificar um pouco o personagem e torná-lo o mais humano possível. "Quis tirar esse lado operístico do Astro e mostrar o dia a dia dele", ressalta.

Fazendo par romântico com Carolina Ferraz, que interpreta Amanda, Rodrigo protagoniza cenas quentes. Graças à exibição tardia – por volta das 23 h –, as sequências, vez ou outra, contêm palavrões ou traços de nudez, raríssimos nas novelas nos últimos anos. "O horário permite uma coisa mais precisa. A gente não faz para ganhar audiência e sim porque pode entrar nesse universo de uma forma bacana e que não seja agressiva", explica.

Como a produção tem apenas 60 capítulos, ela possibilita uma linguagem diferente das telenovelas tradicionais. E, na opinião de Rodrigo, o formato parece ser ideal para os dias de hoje. "Rezo para que essa tentativa dos 60 capítulos vire moda. Acho que a narrativa, o conteúdo, a forma, tudo tem de ser readaptado à realidade atual", analisa. "O grande sucesso das séries americanas está aí para provar isso", acrescenta.

(LUANA BORGES)

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