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29/07/2011 - 15h00

Leonardo Miggiorin conta que o personagem Roni, de "Insensato Coração", conquistou diferentes públicos

Do Pop Tevê
  • O ator conta que não viu o tempo passar e que parece que a novela começou outro dia

    O ator conta que não viu o tempo passar e que parece que a novela começou outro dia

Às vezes, o tempo passa rápido demais. Depois de quase sete meses no ar na pele do Roni, em "Insensato Coração", foi essa a sensação de Leonardo Miggiorin. Faltando três semanas para o folhetim chegar ao fim, o clima de despedida parece não ter tomado conta do ator. "Sinto como se a estreia da novela tivesse sido no mês passado!", surpreende-se.

O que também tem chamado a atenção de Leonardo é a repercussão de seu papel. Ele já imaginava que, por se tratar de um personagem assumidamente homossexual, o público LGBTTIS – que significa Lésbicas, "Gays", Bissexuais, Transgêneros, Transexuais, Intersexuais e Simpatizantes – iria gostar. Mas, além da "sopa de letrinhas" sexual, o que ele percebeu foi que conquistou a simpatia de crianças, homens, pessoas mais velhas e de diferentes classes sociais. "É um personagem muito carismático. Gente de todo tipo me aborda e elogia meu trabalho", festeja.

É comum que o público confunda personagem com ator. Por isso, volta e meia, Leonardo é parado por quem acredita que ele seja parecido com Roni. "Algumas pessoas querem encontrar em mim a mesma energia do personagem, que é muito diferente da minha. Quando a novela acabar, esse tipo de assédio deve diminuir", imagina.

Na trama, Roni é melhor amigo e confidente de Natalie, interpretada por Deborah Secco. Também trabalha como "promoter" e tenta fazer com que Douglas, de Ricardo Tozzi, irmão da "perua" deslanche na carreira de modelo. Além disso, está sempre envolvido em discussões contra a homofobia que a novela tanto explora. "O tema está sendo abordado de forma muito respeitosa e distinta, revelando ainda mais nossa diversidade cultural", avalia.

Como, na história, Roni faz o tipo mais "afetado", Leonardo se preocupou na hora de encontrar o tom e a verossimilhança do personagem. E, por se tratar de um papel expansivo e engraçado, o ator pôde exagerar um pouco nos trejeitos, segundo as orientações do diretor-geral Dennis Carvalho. "No início, o público só viu esse lado. Mas, aos poucos, surgiram situações que revelaram o caráter e as preocupações do personagem", descreve.

  • Na trama, Leonardo é amigo e confidente de Natalie

Para compor o papel, Leonardo teve contato com alguns produtores de moda e de eventos. Além disso, foi atrás de gírias e usou o cantor Cazuza como uma de suas referências. "É uma combinação de vários fatores. Tudo acaba somando à composição do personagem", explica ele, que não temeu ficar  marcado pelo papel. "Minha preocupação é em me tornar um ator versátil, que possa interpretar tipos variados ao longo da carreira", argumenta.

Em sua sexta novela, Leonardo é lembrado até hoje pelo Zezinho, da minissérie "Presença de Anita", exibida pela Globo em 2001. O fato, inclusive, deixa o ator lisonjeado. "Acho incrível ser reconhecido por um trabalho que fiz há dez anos, em 16 capítulos", comemora, sem deixar de mencionar outros papéis importantes em seu currículo. "O Zezinho, o Shao Lin, de 'Senhora do Destino', e agora o Roni são os personagens mais marcantes que fiz até hoje na televisão", afirma. Quando "Insensato Coração" terminar, Leonardo pretende voltar para a faculdade de Psicologia, em São Paulo, e se dedicar à banda VISTA, que está finalizando um CD independente com 12 músicas próprias. "Preciso de um tempo para reciclar as energias e partir para outro personagem", avisa.

(Luana Borges)

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