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18/07/2011 - 07h00

Para Bruna Linzmeyer, Leila exerce influência ao tratar de assuntos como o sexo na adolescência

Do Pop Tevê

Bruna Linzmeyer garante que nunca planejou a carreira. "Não pensava em ser atriz quando fazia teatro", minimiza. A moça interpreta a inquietante Leila, de "Insensato Coração", da Globo, papel que ganhou logo após a descoberta de que esta era a carreira que queria – o que aconteceu após cair nas graças do diretor da minissérie "Afinal, O Que Querem As Mulheres?", Luiz Fernando Carvalho. "Agora tenho mais certeza, depois que conheci o Dennis Carvalho e o Gilberto Braga", garante, referindo-se ao diretor e ao autor de "Insensato Coração".

O primeiro teste de Bruna para o folhetim foi para a doce personagem Cecília, interpretada por Giovanna Lancellotti. Somente no segundo teste foi definido que ela ficaria com o papel da geniosa Leila. Para Bruna, a carreira de atriz não é fruto apenas de sorte. "Nós fazemos a nossa própria sorte. Jamais comecei alguma coisa em minha vida sem antes imaginar como seria. É como uma pintura, penso na tela, na forma, na cor, na paleta e depois desenho. Imaginei as personagens Tatiana e Leila. A sorte talvez seja esse caminho que trilhamos até chegar no resultado", divaga.

Bruna Linzmeyer não se preocupa que suas duas personagens na tevê sejam parecidas. "São papéis fortes. Esta é a semelhança entre elas", resume a atriz, que estreou como a fogosa russa Tatiana Dovichenko, de "Afinal, O Querem As Mulheres?". Agora, em "Insensato Coração", ela interpreta a decidida Leila. No começo da trama das nove, a adolescente, ainda de cabelos avermelhados, buscava incessantemente a perda da virgindade e, depois de algumas cenas sensuais, o tão desejado orgasmo. Já na segunda fase do folhetim, com as madeixas mais curtas e escuras, a jovem volta, em tese, mais madura. Contudo, fica obcecada por André, interpretado por Lázaro Ramos, mas, até o momento, tem se contentado apenas com a amizade do "designer".

Para a atriz, a mudança do perfil de Leila foi além do tom e do corte do cabelo. "Mudou o figurino, a voz e a postura também", elenca. Bruna também acredita que sua personagem exerce uma certa influência ao tratar de assuntos como o sexo na adolescência e a falta de diálogo entre pais e filhos. "A partir do momento em que se é um artista, as pessoas assistem e passam a acreditar e confiar nas coisas que digo, ou pelo menos a pensar sobre elas", aposta.

Em comum com as personagens, está a força das paixões que move Bruna. "O que me seduzia, me carregava. A Tatiana me seduziu e a Leila também", revela. Outro fator bem importante para a atriz é a composição de cada papel. Para ela, o processo de descoberta de um personagem é encantador. Bruna garante que, apesar disso, traz para si ensinamentos apreendidos com as personagens. Com a resolvida russa Tatiana de "Afinal" foi o jeito de encarar o mundo como se visse tudo pela primeira vez. "Trago comigo o brilho nos olhos e o entusiasmo infantil da Tatiana. Já a Leila me remete aos questionamentos básicos da formação de uma pessoa", filosofa.

Em sua primeira novela, Bruna não esconde o fato de que prefere as cenas com maior teor dramático. Por exemplo, quando a personagem Leila brigava com o pai ou com o ex-paquera André. "O mais difícil nas cenas da novela são as de passagem, aquelas que não são intensas, que você nem chora, nem ama, nem está extremamente feliz, mas ao mesmo tempo tudo isso tem que estar presente. Já nas cenas fortes saio do estúdio em êxtase", vibra.

 

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