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27/03/2011 - 08h00

No ar em "Insensato Coração", Guilherme Piva fala sobre sua carreira

PopTevê

O que mais atraiu Guilherme Piva na profissão de ator foi poder interpretar personagens variados ao longo da carreira. "Em outras palavras, viver alguém que não sou. Assim me sinto criando", observa o do dono de bar Gabino, de "Insensato Coração", da Globo. Na trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, Gabino divide o sucesso do seu bar com Fábiola, vivida por Roberta Rodrigues. Se, no quesito finanças ele lida bem, o que lhe falta presteza é ao administrar o ciúme que sente ao perceber que a colega de trabalho ganha mais atenção dos fregueses que ele. "Ela faz roda de samba, canta e chama atenção. Ele quer que essa parte fique para ele. Ele deve ter algum sentimento por ela", justifica o ator que, não descarta um envolvimento romântico entre os personagens no futuro.

A mania de limpeza do personagem de Guilherme Paiva não fica restrita apenas aos textos e as cenas. "Preciso confessar que tenho um pouco dessa mania também, mas sem exageros", revela, aos risos. Para viver Gabino, Guilherme fez aulas com garçons para ganhar maior segurança no manuseio de bandejas e o jeito de lidar com a clientela do personagem. Ainda assim, ator garante que seu papel vai além do lado popular de um carioca dono de bar, regado a quitutes, samba e bom humor. Guilherme acredita na força dos dramas familiares de Gabino. "O irmão do meu personagem é o Kléber, vivido pelo Cassio Gabus. Ele vai perder muito dinheiro por ser viciado em jogo e isso traz uma série de conflitos muito sérios", conta.

Alguns de seus personagens como o Monstro do Espelho em "O Beijo do Vampiro" e o Alfeu de "Porto dos Milagres" são notoriamente cômicos. Como é a sua relação com os papéis mais dramáticos?
Fiz o Frei Dodô, na novela "Mandacaru", da Manchete. Ele era corcunda, ajudava muito as pessoas, e assim ele participava muito dos dramas delas e se envolvia muito. Fiz também o Frei Tito, no programa "Linha Direta", da Globo. Ele ficava louco. Todos tinham tintas fortes. Foram muito importantes para mim.

Você veio do teatro e sua estreia na teledramaturgia, com um papel de destaque, aconteceu na novela "Xica da Silva", da Manchete. Quais são as dificuldades em mudar de veículo?
Tudo foi difícil em "Xica da Silva". Foi difícil porque era minha primeira novela. Decorar várias cenas para um dia inteiro, isso era uma coisa que me desesperava. A segunda razão era porque eu não tinha noção de posição de câmera. Além disso, a composição era muito grande, a novela se passava em 1750. Enfim, eram roupas e trejeitos. Foi muito bom, mas também árduo.

Qual é o seu método de trabalho?
Todo trabalho em que eu entro, é de corpo e alma. Gosto muito do que faço, de me envolver por inteiro. Nem que o personagem ou que a produção não dê certo altera minha maneira de trabalhar.

Como você cria seus personagens?
Não demoro para chegar na essência do personagem. Faço pesquisas, vejo o que tem a ver, ouço o que o autor e o diretor tem para me dizer. Dou uma trabalhada nisso tudo e largo. Faço assim porque também gosto de deixar algo para a intuição da hora. Não sou de muita preparação, vejo muita coisa, assinalo o que é bom, decoro. Deixo para o momento, acredito que assim a atuação fica mais viva.
 

(Por Gabriel Sobreira)

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