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12/09/2010 - 08h00

Suzana Faini quer fazer comédia depois de "Escrito Nas Estrelas"


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  • Suzana diz estar satisfeita com o papel em Escrito nas Estrelas e que a  história é muito boa. A cada semana a autora coloca um novo  gancho

    Suzana diz estar satisfeita com o papel em "Escrito nas Estrelas" e que ""a história é muito boa. A cada semana a autora coloca um novo gancho"

O olhar vibrante, acompanhado de sorrisos fartos, já entrega. Suzana Faini está muito satisfeita com o seu desempenho em "Escrito Nas Estrelas". Já na reta final da novela de Elizabeth Jhin, a atriz só tem elogios ao folhetim e à equipe técnica. "A história é muito boa. A cada semana a autora coloca um novo gancho", conta Suzana, que dá vida à zelosa e carismática governanta Antonia. A atriz garante que logo nas primeiras reuniões era discutido o foco de sua interpretação. "Não queríamos uma governanta-sargento. Nem isso faria sentido. Tentamos dar sempre um toque de leveza e graça", diz ela radiante.

Para completar o jeito sereno de Antonia, a atriz utiliza uma discreta peruca grisalha que garante ter sido também essa uma ideia em comum com a produção da novela. "Tenho o cabelo fino e ele dá muito trabalho. A peruca me deu uma tranquilidade enorme", afirma Suzana que um dia quase foi embora usando o objeto de trabalho. "Às vezes passa o tempo de gravar e nem sinto que estou com ela", justifica, aos risos.

  • Suzana como a governanta Antonia, o cachorro Pepe e Daniel (Jayme Matarazzo)

Antes de iniciar sua carreira na TV, em 1967, Suzana estudou balé no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e, aos 15 anos, fez curso de teatro por quase um mês. Filha de professores de ópera, ela iniciou profissionalmente sua carreira de bailarina no Balé do IV Centenário de São Paulo. O début de atriz aconteceu no espetáculo de Ademar Gerra, "Oh, que delícia de guerra", em 1966, substituindo Eva Wilma. "Depois fui deixando o balé e fazendo novela", recorda.

Você participou das duas versões de "Irmãos Coragem", de 1970 e 1995, e também de "Selva de Pedra", 1972 e 1986. Com mais de 40 anos de carreira, existe alguma outra novela do seu currículo que gostaria de atuar novamente?

Ainda não tinha pensado nisso (risos). Eu acho que seria "Direito de Amar", de Walter Negrão e Alcides Nogueira. Ela foi ao ar em 1987. Outra seria "Vida Nova", de Benedito Ruy Barbosa, exibida em 1988. As duas foram muito simpáticas.

Quais fatores você leva em consideração ao aceitar ou declinar uma proposta de trabalho?

São tantas coisas. Mas em primeiro lugar, trabalho é trabalho. Essa é a minha profissão e, em princípio, eu quero aceitar. Mas tenho recusado alguns convites quando não me interessam o assunto ou a história do personagem. E também já fiz papéis que não me interessavam fazer. Fiz porque precisava, era trabalho. Não é caso da Antonia, de "Escrito Nas Estrelas" que, de cara, achei muito legal e vi que podia me encaixar legal nesse personagem.

Você acumula diversos personagens dramáticos. Como você lida com a carga emocional dos seus personagens e de que maneira isso reflete no seu trabalho?

Os papéis que exigem um pouco mais de drama cansam. O ator se empresta, se doa, diz aquelas palavras, e elas têm um peso. Interpretar é um exercício. Por isso é bom exercitar uma coisa mais leve também (risos). Tenho muita vontade de fazer comédia, mas nunca me chamam.

Em algum momento da sua carreira você considerou a hipótese de se aposentar?

Nunca pensei em parar. Não saberia fazer outra coisa. E não sei ficar sem trabalhar. Está se escrevendo pouco para pessoas de idade. Seja no teatro, na televisão ou no cinema. Até tem, mas é pouco. Me incomoda porque é uma questão de sobrevivência. Não dá para viver só de lembrança.

(por Gabriel Sobreira)

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