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02/08/2010 - 08h00

Em "Escrito Nas Estrelas", Cássia Kiss se aproxima ainda mais do espiritismo


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  • Cássia interpreta na novela Francisca, uma mulher que se torna um espírito após morrer em um acidente

    Cássia interpreta na novela Francisca, uma mulher que se torna um espírito após morrer em um acidente

Interpretar papéis grandes é o desejo de muitas atrizes. Mas não é sempre a prioridade para Cássia Kiss, a Francisca de "Escrito Nas Estrelas", da Globo. Depois de viver a Mariana de "Paraíso", o que ela mais queria era um papel que exigisse menos de seu tempo. Além disso, ficou com muita vontade de trabalhar novamente com Rogério Gomes --o Papinha-- diretor das tramas de Benedito Ruy Barbosa e de Elizabeth Jhin. "As gravações de 'Escrito Nas Estrelas' já tinham começado e falei com um dos diretores: 'Se o Papinha precisar de mim, fala para ele me chamar. Eu abro até uma porta para ele em cena'", recorda. Uma semana depois, Cássia recebeu uma ligação de Papinha, que se desculpou por lhe apresentar um papel pequeno, que teria poucas gravações. "Eu só faltava beijar os pés dele. Mas quando fui ver era uma personagem maravilhosa", empolga-se.

A afinidade com o papel, aliás, não é à toa. Afinal, na trama, Francisca se torna um espírito, após morrer em um acidente dentro da casa de Petrópolis, onde sua família costumava passar os finais de semana e férias. E Cássia é extremamente envolvida com o espiritismo. "De todas as religiões, essa é a que mais me deixa feliz", garante. Por conta do tema central da trama ser justamente esse, a atriz aproveita sua própria experiência para criar a personagem. E ainda acredita que o convite para o papel não tenha sido mera coincidência. "Parece que os espíritos colaboraram para que eu fosse escolhida. É muito interessante", filosofa.

A Francisca é um ser evoluído em "Escrito Nas Estrelas". Como buscar referências para a composição de uma personagem como essa?

Preciso buscar essa evolução dentro de mim. Além de eu ter experiência em centros espíritas, penso, sobretudo, na minha própria história e na vontade que tenho de, a cada dia, fazer essa mulher. Quero ser melhor em todos os aspectos, quero evoluir como ser humano. Tenho de trabalhar em cima da minha imaginação e pensar que a Francisca é de uma família rica. Ela era uma mulher poderosa que tinha tudo, mas não tinha o principal, que era um amor de verdade.

  • Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

    "De todas as religiões, essa é a que mais me deixa feliz", diz a atriz sobre o espiritismo

Além do espiritismo, o que mais te atraiu na personagem?

É muito interessante fazer essa mulher porque ela é toda controlada. Vive em outro universo, onde não existe tempo, pressa e nem ego para alimentar. O único objetivo da minha personagem é ajudar o filho, Daniel, vivido por Jayme Matarazzo. Mesmo assim, não é um amor de mãe, que é controlador, é um amor universal.

Faz tempo que você não faz uma vilã como a Adma, de "Porto dos Milagres". Sente falta de brincar mais com esse lado da interpretação?

Mas depois de fazer a Adma vou fazer mais uma? Lembro que a personagem me deixou marcas profundas. Não gosto de dizer que sou bipolar porque parece que está na moda falar isso. Mas, na época, estava sem medicamento e era uma loucura entrar no estúdio para gravar 40 cenas por dia. A novela era toda em cima de mim e do Antônio Fagundes e a gente ainda fazia uma peça. Estávamos juntos de segunda a segunda, só não dormíamos na mesma cama. A Adma foi muito marcante, era uma vilã de verdade, que matou sete pessoas na história.

Está com algum projeto para depois de "Escrito Nas Estrelas"?

Estou preparando minha primeira produção. Vou contar a história da Adélia Prado em cima da prosa dela. Vai ser um monólogo que será dirigido por Ulysses Cruz. Quero fazer há 20 anos, desde que vi Fernanda Montenegro fazendo. Só que ela fez em cima da poesia. O projeto está planejado para sair no ano que vem.

(por Luana Borges)

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