Renato Góes, o Fausto de "Cordel Encantado", diz que seu personagem está na boca do povo

Estar no ar em uma novela significa, entre outras coisas, ser reconhecido pelas pessoas nas ruas. Quando o folhetim é da Globo, o assédio costuma ser ainda maior. Pelo menos, é o que Renato Góes tem percebido na pele do Fausto de "Cordel Encantado". Logo no segundo dia de exibição do folhetim de Thelma Guedes e Duca Rachid, o ator se surpreendeu quando foi a um posto de gasolina. Lá, a atendente prontamente se manifestou: "Ah, é o filho do prefeito", referindo-se a Patácio Peixoto, personagem de Marcos Caruso. E Renato embarcou na brincadeira. "Falei para ela: 'Você não tem o que fazer, não? Segundo dia de novela e você já decorou isso'. Ali, eu já senti que o negócio é diferente mesmo", conta, em tom humorado. O que também chamou a atenção do ator foi o fato de que as abordagens mudaram ao longo da trama. Quando Fausto estava mais ligado às vilanias de Timóteo, de Bruno Gagliasso, Renato ouvia reclamações do público em relação às atitudes de seu papel. Mas, quando o personagem revelou um lado cômico, o ator passou a ouvir comentários mais amenos. "Antes falavam que ele estava aprontando. Agora, me dizem: 'Ai, ele é tão fofinho'", compara.

Essa não é a estreia de Renato na tevê. Ele fez participações em "Pé na Jaca" e "Cama de Gato" e atuou em "Água na Boca", exibida pela Band em 2008, interpretando Raí. Foi quando teve a oportunidade de entender melhor o funcionamento de um "set" de gravação. "Meu núcleo era muito legal, tinha a Ana Cecília Costa, que também está em 'Cordel Encantado'. A gente se divertia e foi uma escola muito boa", assegura. Nascido em Pernambuco, Renato está no Rio há seis anos, período marcado por momentos de dificuldade. "Depois de 'Pé na Jaca', passei muito perrengue. Tinha dias em que eu acordava às duas da tarde para pular o café da manhã e ter uma refeição a menos", recorda.

Nome: Renato Góes de Oliveira.
Nascimento: Em 19 de dezembro, de 1986, em Recife, Pernambuco.
Na tevê: "Tudo de esporte, filmes e séries".
Ao que não assiste na tevê: "Não gosto de programas de vendas de produtos".
Nas horas livres: "Jogar basquete, futebol, ir à praia e ler".
No cinema: "Sou eclético, não tenho um estilo preferido".
Livro: "Respect for Acting", de Uta Hagen.
Música: Bossa Nova.
Prato predileto: "O cozido da minha avó".
Pior presente: "Foi uma camisa linda que ganhei, mas ficou horrível no corpo".
O melhor do guarda-roupa: "Blusa preta".
Perfume: Kenzo.
Mulher bonita: Emanuelle Araújo.
Homem bonito: Reynaldo Gianecchini.
Cantor: Lenine.
Cantora: Elba Ramalho.
Ator: Irandir Costa.
Atriz: "Magdale Alves, uma atriz pernambucana".
Animal de estimação: "Já tive um cachorrinho pequeno que eu amava, mas destruiu minha casa. Era um 'poodle toy'".
Escritor: João Guimarães Rosa.
Arma de sedução: "Ser agradável, com sorriso no rosto".
Programa de índio: "Fiz uma caminhada de horas para um lugar lindo. Mas quando chegamos lá, era horrível, a lagoa era pequenininha".
Melhor notícia: "Quando soube que iria fazer o Fausto, de 'Cordel Encantado'".
Melhor viagem: "Para a Copa do Mundo, na África do Sul".
Sinônimo de elegância: Débora Bloch.
Gula: Chocolate.
Inveja: "De ter um tino produtor, coisa que ainda vou ter um dia".
Ira: "De ter de engolir sapo".
Luxúria: "Quando bate uma inquietude. Sei lá..."
Cobiça: "Pelo meu sossego e estabilidade".
Preguiça: "Em dias que eu não trabalho, acho que fico mais cansado. Me bate uma preguiça...".
Vaidade: "É a maior dificuldade do ator".
Mania: "De cuidar do meu altar com meus santinhos. Não deixo ninguém chegar perto".
Filosofia de vida: "Acreditar no próprio coração".

(LUANA BORGES)

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