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04/07/2011 - 07h00

"Conseguiram juntar as fábulas que estão no nosso imaginário com a cultura popular ", avalia Carmo Della Vecchia sobre "Cordel Encantado"

Do Pop Tevê
  • Com seis anos de idade, Carmo Della Vecchia já havia interpretado um rei em peça teatral da escola

    Com seis anos de idade, Carmo Della Vecchia já havia interpretado um rei em peça teatral da escola

Aos seis anos de idade, Carmo Della Vecchia interpretou um rei em uma peça escolar. E essa foi a primeira lembrança que lhe veio à mente quando foi convidado para viver o rei Augusto, de "Cordel Encantado". "Foi meu primeiro personagem. Usava uma coroa de papel e uma capa. Dava a volta ao redor da princesinha, tascava um beijo nela e os pais aplaudiam", relembra, com um largo sorriso. E os motivos para a satisfação não são poucos. O ator repete a parceria com as autoras Duca Rachid e Thelma Guedes que começou em "Cama de Gato", quando interpretou o sofredor Alcino. Além disso, recentemente, a novela atingiu picos de 30 pontos de audiência – alta para o horário – e tem uma grande aceitação do público. "Elas conseguiram juntar as fábulas que estão no nosso imaginário com a cultura popular brasileira. Acho isso muito interessante. Cada capítulo é uma surpresa", avalia.

Na história, Carmo interpreta um rei recheado de ótimas qualidades, com bom caráter, corajoso e humilde. Ele pouco se importa por ter se apaixonado por uma cozinheira, a Maria Cesária, da atriz Lucy Ramos. As características poderiam preencher todos os requisitos do mocinho "quarentão" da trama, mas sua boa fama é maculada por tentar separar Jesuíno e Açucena, o casal protagonista, vivido por Cauã Reymond e Bianca Bin, por motivos políticos. "Ele é um mocinho de perna quebrada. Ao mesmo tempo, o Augusto é um rei que acredita no amor. E fica difícil para ele resolver a questão", analisa.

Se não tiver uma boa história, o ator pode se dar mal. O grande segredo é não criticar o personagem

Carmo Della Vecchia sobre a carreia

É exatamente a possibilidade de interpretar um personagem imperfeito que torna o trabalho ainda mais interessante para Carmo. Até porque não é difícil lembrar de um protagonista de novela que acabou conquistando o título de chato. "Se não tiver uma boa história, o ator pode se dar mal. O grande segredo é não criticar o personagem e acreditar na história que ele quer passar", explica. Seu trabalho anterior foi na pele do asqueroso Silvério da série "A Cura". O personagem, inclusive, parece ter sido seu grande êxtase na tevê e o ator concorda que os tipos mau caráter acabam contagiando mais o público. "O vilão mata, estupra, rouba e tem a cena mostrando isso. Fazer vilão é uma delícia, ganha prêmio, enquanto o mocinho fica lá assistindo", brinca. Mas ele garante que não tem preferência por papéis. O que mais lhe interessa são boas histórias. "O ator tem de gostar do que vai fazer. Eu gosto de interpretar mocinhos também, desde que seja um bom", destaca.

O cuidado com a trama das seis é um ponto que chama a atenção. Dirigida por Amora Mautner, "Cordel Encantado" é a primeira novela da Globo gravada em 24 quadros e com lentes de alta definição, o que aproxima da estética cinematográfica. Com isso, o nível de exigência é como se fosse de uma obra mais curta como uma minissérie. "Tem um cabelinho fora do lugar e a gente para e capta tudo de novo", explica ele, sem esquecer do ritmo intenso de gravações, inclusive, quando estava na Europa para fazer as cenas iniciais. "Todo mundo perguntou se eu aproveitei a viagem. Trabalhei todos os dias, acordava às seis da manhã para gravar", lembra, em tom bem humorado.

(NATALIA PALMEIRA)

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