Na TV, Dilma aposta em 2º mandato melhor que 1º e volta a ter Lula como fiador

SÃO PAULO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, bateu nesta terça-feira na tecla de que um eventual segundo mandato será melhor que o primeiro e voltou a recorrer a seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como fiador em seu primeiro programa eleitoral na TV.

A petista aproveitou ainda o tempo que tem no horário eleitoral obrigatório, bastante superior ao dos adversários, para criticar os rivais, a quem chamou de pessimistas.

"O pessimista é eminentemente uma pessoa que desiste antes de começar", disparou a presidente.

Dilma foi mostrada como uma mulher comum, que trabalha, que cozinha, trata do jardim, sente saudades da filha e do neto que moram longe.

Ela também defendeu sua gestão na economia, principal alvo de seus adversários, e disse que impediu que a crise econômica internacional chegasse aos brasileiros.

"O Brasil conseguiu duas coisas importantíssimas: evitou que a crise internacional entrasse porta adentro da casa dos brasileiros e também não interrompeu o grande ciclo de mudanças desde o governo Lula", disse Dilma.

"O segundo mandato vai permitir que o Brasil entre em um novo ciclo. Um ciclo de melhoria da produtividade do país para anpliar a inclusão social e a estabilidade econômica."

Lula apareceu com destaque no programa da candidata à reeleição no papel de fiador de um segundo mandato de Dilma.

O ex-presidente disse que seu segundo mandato como presidente foi "muito melhor" que o primeiro, insinuou que a vitória de um rival geraria descontinuidade no país e pediu voto para sua afilhada política.

"Eu pergunto a você. Já imaginou o prejuízo que o país teria sofrido se eu não tivesse um segundo mandato? Se outro qualquer tivesse chegado, querendo inventar a roda e parado quase tudo?", questionou.

"Eu quero falar especialmente para você que está em dúvida se deve votar ou não na Dilma. Eu lhe peço, vote sem nenhum receio, fique certo que você não vai se arrepender."

Ao término do programa petista, foi Lula e não a presidente quem assumiu o papel de homenagear o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo na semana passada quando fazia campanha à Presidência pelo PSB.

"Nós dois tínhamos um afeto de pai e filho, por isso sinto uma dor imensa por sua perda", disse Lula, que também citou a frase dita por Campos em entrevista ao Jornal Nacional na véspera de sua morte.

"Suas últimas palavras precisam ser incorporadas pelo povo brasileiro: nunca, jamais desistir do Brasil. É assim, Eduardo, que vamos guardar a sua memória para sempre."

 

 

 

(Por Eduardo Simões)

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