Faltando poucas horas para a exibição do último capítulo de "Babilônia", o elenco da novela se reuniu no Projac, complexo de estúdios da Globo no Rio de Janeiro, durante participação ao vivo no "Encontro com Fátima Bernardes" desta sexta-feira (28). Ao som de Marcello Melo Jr., diretores e atores cantaram e dançaram um funk improvisado no cenário onde gravarão o casamento de Regina (Camila Pitanga) e Vinicius (Thiago Fragoso).

Segundo Dennis Carvalho, diretor de "Babilônia", a cena que revela a identidade do verdadeiro assassino de Murilo (Bruno Gagliasso) foi finalizada somente na madrugada de hoje. A Alice (Sophie Charlotte) já foi descartada da lista de suspeitos. "Muitas pessoas me param na rua perguntando quem é o assassino de Murilo. Eu só sei que não fui eu", disse ela. 

De acordo com o colunista do UOL Flávio Ricco, o clima de reta final será o mais natural possível, mesmo com um "Quem matou Murilo (Bruno Gagliasso)?" disparado a poucos dias do término da trama. Os autores decidiram que não haverá mesmo essa necessidade e, portanto, os "finais alternativos" foram descartados. Na equipe de "Babilônia", prossegue Ricco, há quem diga que o Murilo morreu de mentirinha, enquanto outros apostam que quem matou o rapaz foi Cris, personagem de Tainá Muller.

Em análise feita por Maurício Stycer, colunista do UOL, a intensa campanha de lançamento e o eletrizante capítulo de estreia de "Babilônia" produziram uma expectativa enorme em relação ao retorno de Gilberto Braga ao horário nobre da Globo. A decepção que se seguiu foi, proporcionalmente, gigante.

"Babilônia", diz Stycer, sofreu por suas qualidades e defeitos. Seus principais trunfos – os temas polêmicos que abordou – desagradaram parte do público, levando a Globo a exigir mudanças na novela. Por outro lado, a história se revelou pobre, sem grandes atrativos para ser seguida.

Escrita por Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, "Babilônia" chega ao fim nesta sexta-feira registrando a pior média de audiência de uma novela das nove na história da Globo, abaixo dos 30 pontos na Grande São Paulo e bem distante dos 40, considerado o ideal pela direção da emissora. Cada ponto na região equivale a 67 mil domicílios.