Ator de "Nárnia" se inspirou no príncipe Harry para a série "The Royals"
Giselle de Almeida
Do UOL, no Rio
Por baixo da aura de riqueza e poder, a família mais visada da Inglaterra vive às turras e não foge de um bom escândalo. Mas a rainha Elizabeth II não precisa se preocupar, já que as polêmicas envolvem uma família real fictícia (e bastante problemática) na série "The Royals", do canal E!. Embora a trama de ar bem pop esbanje licenças poéticas, o ator William Moseley conta que se inspirou na vida real para dar vida ao príncipe Liam.
"Tentei trazer para o personagem o lado divertido do príncipe Harry, o lado bom moço. Do William busquei o ar nobre. Mas, pra mim, William representa mais Robert, o irmão mais velho de Liam, que morreu no primeiro episódio da série", diz o ator, durante teleconferência com jornalistas da América Latina.
Conhecido por interpretar Peter Pevensie nos filmes da saga "As Crônicas de Nárnia", o intérprete de 28 anos diz que a versão pouco ortodoxa da monarquia não enfrentou grande resistência do público. Criada por Mark Schwahn ("One Tree Hill"), a trama gira em torno da rainha Helena (Hurley), do rei Simon (Vincent Regan), da princesa Eleanor (Alexandra Park) e do príncipe Liam, um playboy que logo sente o peso de se tornar herdeiro da coroa britânica após a súbita morte do irmão mais velho, Robert. Na ficção, o casamento real não é imune à infidelidade, e a princesa afoga suas diferenças com a mãe em álcool, drogas e noitadas irresponsáveis.
"Claro que imaginamos que poderia haver algumas críticas aqui e ali, mas em geral as pessoas no Reino Unido amam a série e receberam bem os personagens. A história mostra de um jeito divertido e as pessoas gostam disso", conta o intérprete de 28 anos, que vive em Los Angeles e também nota que o universo da monarquia tem fãs do outro lado do Atlântico.
Não bastasse a nova responsabilidade, Liam ainda enfrenta a reprovação da mãe quando se apaixona por Ophelia (Merritt Patterson), filha do chefe da segurança real e o maior interesse sobre sua vida.
"Basicamente, a série representa o modo como imaginamos a vida da realeza, as festas, os relacionamentos amorosos. A parte mais difícil acho que é a pressão ao seu redor, não é uma vida fácil, glamourosa. É uma responsabilidade tremenda estar a serviço do país e não viver a própria vida como um indivíduo", analisa Moseley, que diz só ter tido seus momentos de rebeldia quando mais jovem.
Acostumado aos holofotes e ao assédio desde cedo - ele despontou em "Nárnia" com 18 anos -, o ator diz que se identifica em certo nível com a exposição que um príncipe sofre. "Gosto de ter uma vida normal. Estou falando agora da casa dos meus pais. Faz parte da diversão interpretar um príncipe e voltar pro meu mundo depois", diz ele.
Embora hoje mantenha uma "ótima" relação com os fãs, o britânico já passou por situações mais desconfortáveis na época em que estava em evidência no cinema - tanto que já classificou em uma entrevista alguns mais extremados como "loucos".
"O Twitter é um bom meio de interação, gosto de interagir e de me conectar diretamente com as pessoas. E hoje mantenho uma ótima relação com os fãs. Mas na época de 'Nárnia', um adolescente russo, de uns 14 anos, economizou todo o seu dinheiro para ir até a casa da minha família, que fica perto de Londres. Eu não estava lá, mas minha mãe foi muito legal com ele, deixou que ele entrasse e lhe serviu chá (risos). Ele perguntava se eu estaria no guarda-roupa (passagem mágica para Nárnia)", diverte-se.
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