"Comecei a fazer mais sucesso depois dos 40", avalia Marco Nanini

Do UOL, em São Paulo

  • Divulgação/Viva

    Marco Nanini fala sobre sua trajetória profissional no programa "Grandes Atores"

    Marco Nanini fala sobre sua trajetória profissional no programa "Grandes Atores"

Marco Nanini falou sobre seus 50 anos de carreira durante entrevista ao programa "Grandes Atores", que será exibido pelo canal Viva no sábado (4), às 18h30. Segundo ele, sua trajetória profissional foi construída com muita paciência, pois é melhor ter algo solidificado a uma explosão rápida.

"Na verdade, comecei a fazer mais sucesso depois dos 40. Até então, não creio que eu tivesse importância. Talvez, dentro do métier e, também, porque sempre fiquei trabalhando", comentou ele, cujos primeiros sinais de um futuro artístico começaram ainda na infância.

Pernambucano, Nanini cresceu no meio turístico, pois é filho de um gerente de hotel. Ele compara a rotina dos estabelecimentos à estrutura de encenação. "Os hóspedes eram os personagens, a cenografia era o próprio hotel. Foi um primeiro encontro com essa fantasia, com a ficção, vamos dizer assim", explica.

Mais tarde, prestou vestibular para o Conservatório Nacional de Teatro, onde entrou para atuar em tragédias e chegou a ficar revoltado quando o colocaram para fazer comédia em uma prova. "Via os colegas rindo e achava que era pessoal. Depois, percebi que estavam gostando. Não sabia que tinha essa veia, me apaixonei", conta.

Na televisão
Após um carreira de destaque no teatro, o primeiro papel na televisão veio em 1971, na novela "O Cafona". Ao todo, participou de mais de onze tramas na TV Globo. No entanto, considera que o humorístico "TV Pirata" (1988) foi fundamental para a mudança de sua imagem na TV.

"Foi uma inovação na época, e me abriu portas para outro tipo de interpretação na TV. Fiquei muito tempo sendo o rapaz bonzinho, simpático. Tive a sorte de conhecer Guel Arraes já nessa época", explica.

Família muito unida
O personagem Lineu, patriarca do remake de "A Grande Família" que ele viveu entre 2001 e 2014, é um capítulo à parte na carreira do do ator. Inicialmente, foram encomendados apenas seis episódios.

"Dos seis, fizemos doze. De doze foi para dezenove. E lá se vão 14 anos e 489 capítulos. Mesmo agora com o fim, ouço muita queixa de espectadores que acham um absurdo. Me param e perguntam 'O que vou fazer na quinta?'", conta Nanini.
 

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