"'BBB' atrapalhou muito", diz Maria Adelaide sobre horário de minisséries
Do UOL, em São Paulo
A dramaturga, escritora e jornalista Maria Adelaide Amaral, 72 anos, foi a entrevistada do programa "Roda Viva" (TV Cultura) desta segunda-feira (18).
Autora de minisséries históricas exibidas pela TV Globo -- entre elas "A Muralha", "Um Só Coração", "JK", "Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor" -- Adelaide disse ser apaixonada pelo gênero e comemorou a boa repercussão das obras com o público e a crítica.
A escritora, no entanto, lamentou o horário de exibição reservado para a modalidade. "O 'Big Brother' que atrapalhou muito a vida da gente. A gente não pode pretender que as pessoas estejam acordadas [depois das 23h, horário em que a Globo costuma levar as minisséries ao ar]", disse.
Adelaide também falou sobre os altos custos de produção que os dramas históricos geram e lembrou que sua ideia de adaptar a história do conde Maurício de Nassau para a televisão foi suspensa justamente por um problema de orçamento. "Ia ficar muito cara, ter que filmar na Holanda, alugar caravelas", afirmou a dramaturga, ressaltando a vontade de seguir com o projeto. "Essa história ainda não foi contada e é muito interessante", disse, acrescentando que o ator Dan Stulbach, hoje apresentador do "CQC", da Band, já havia sido convidado para protagonizar a trama.
Por fim, Adelaide recebeu uma provocação da atriz Irene Ravache, uma das entrevistadoras convidadas da noite. "Se você pudesse escolher entre Fernando Collor, José Sarney ou Lula, qual história gostaria de contar?", questionou. Aos risos, Maria Adelaide disse que não escreveria sobre nenhum dos ex-presidentes. "O Collor não me interessa, o Sarney eu deixo para os biógrafos dele. O Lula é um bom personagem, mas não agora", declarou.
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