Apresentador de TV pede desculpas a Michelle Obama em carta e nega racismo
Do UOL, em São Paulo
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Doug Mills/The New York Times
Apresentador de TV pede desculpas a Michelle Obama e nega racismo
O apresentador de TV Rodner Figueroa, demitido nesta quinta-feira (12) por fazer um comentário nada agradável sobre Michelle Obama, divulgou uma carta aberta pedindo desculpas à primeira-dama dos Estados Unidos. Na mensagem, Figueroa se diz envergonhado pela "falta de juízo", mas negou ser racista.
"Sinto-me envergonhado e lhe peço perdão. Eu assumo a minha responsabilidade por esta falta de juízo", declarou o apresentador. "Mas eu não posso aceitar ser chamado de racista por ninguém e ser julgado como tal, e humilhado publicamente pela Univision após 17 anos nesta empresa", completou.
O apresentador lembrou ainda de sua origem latina e se orgulhou de ser o primeiro apresentador assumidamente homossexual da televisão hispânica. "Eu fui um ativista para causas em favor das minorias, como tenho sido vítima de discriminação. Votei abertamente duas vezes por seu marido, Barack Obama, porque o considero um grande homem que respeita as minorias, como eu, neste país", desabafou.
Rodner Figueiroa, de 42 anos, provocou polêmica ao comentar sobre a transformação física de Michelle e a comparou a um personagem do filme "Planeta dos Macacos" durante participação no programa "El Gordo y La Flaca".
"Olhe para a transformação de Michelle Obama. É impressionante. Lembre-se, você sabe que Michelle Obama parece do 'Planeta dos Macacos', o filme", afirmou o apresentador do programa "Sal y Pimienta", da rede hispânica Univision, nos Estados Unidos.
Poucas horas depois, a Univison condenou a declaração feita por Figueiroa através de um comunicado oficial. "Ontem, durante o programa de entretenimento 'El Gordo y La Flaca', Rodner Figueroa fez um comentário sobre a primeira-dama, Michelle Obama, completamente repreensível e, de forma alguma, reflete os valores ou opinião da Univision. Como resultado, o Sr. Figueroa foi demitido da empresa imediatamente", anunciou o canal.
Segundo o site The Huffington Post Voces, a Casa Branca teria ligado para o canal logo depois pedindo explicações. Ao site da revista People, em espanhol, a emissora negou a versão.