"Vejo com vergonha", diz Lavínia Vlasak sobre reprise de "O Rei do Gado"

Do UOL, em São Paulo

  • Cedoc/ Rede Globo / Foto Rio News

    Lavínia Vlasak afirmou que vê a reprise de "O Rei do Gado" "com uma certa vergonha"

    Lavínia Vlasak afirmou que vê a reprise de "O Rei do Gado" "com uma certa vergonha"

Lavínia Vlasak comentou na manhã desta quinta-feira (26) sobre a repercussão de "O Rei do Gado" e afirmou que vê a reprise da novela, atualmente em "Vale a pena ver de novo", na Globo, "com uma certa vergonha".

"Eu assisto a novela quase embaixo da cama. Foi o meu primeiro trabalho e quase não acertei, porque achei que teria que fazer teatro, antes. Então, como não tinha feito nada, não queria começar pela TV. O meu namorado, na época, disse 'Lavínia, você está louca? Não é todo dia que fará a filha do Antônio Fagundes'", justificou Vlasak durante o "Encontro com Fátima Bernardes".

"É engraçado quando eu mostro a novela aos meus amigos. Eu estava mais magra, cabelo diferente. Imagina: eu tinha 19 anos, hoje tenho 38 anos, corpo diferente. E eles não me reconhecem", complementou.

Na trama, Vlasak interpretou Lia Mezenga, filha de Bruno Berdinazzi Mezenga (Antônio Fagundes).

Pronta para recomeçar, Lavínia conta com mais de uma década de experiência. Ela estreou justamente em "Rei do Gado", em 1996 e chegou a ser apontada como uma das maiores revelações na época. A atriz permaneceu na Globo por oito anos e em 2005 foi contratada pela Record para ser protagonista da novela "Prova de Amor". Depois três anos, retornou à antiga emissora e seu último trabalho por lá foi uma participação na série "As Brasileiras", em 2012.

Crítica: por que a novela faz tanto sucesso?

"O Rei do Gado", quem diria, está fazendo o maior sucesso no "Vale a pena Ver de Novo". É de se espantar se considerarmos que esta é a sua terceira reprise e a última foi há apenas quatro anos. A novela foi originalmente exibida entre 1996 e 1997, e reprisada em 1999 e em 2011 (esta última, no canal Viva).

Os índices de audiência à tarde fizeram com que a Globo espremesse as demais atrações vespertinas ("Vídeo Show" e "Sessão da Tarde") para aumentar o tempo de duração do capítulo. A novela repercute inclusive nas redes sociais. A sessão "Vale a Pena Ver de Novo" vinha sofrendo com baixos resultados. A tão esperada (e pedida) reprise de "Cobras e Lagartos" (a atração anterior) decepcionou.

Nos últimos quatro anos, a volta de "O Clone", "Mulheres de Areia", "Chocolate com Pimenta", "Da Cor do Pecado" e "O Cravo e a Rosa" foram relativamente bem. Mas a única que havia chegado perto do bom Ibope atual de "O Rei do Gado" foi "Mulheres de Areia" (re-reprisada entre 2011 e 2012).

Traçando um paralelo entre "O Rei do Gado" e "Mulheres de Areia", pode-se concluir porque o público não se cansa de rever essas tramas. Nem entro no mérito de serem produções de primeira linha, com elencos estelares e textos inspirados. Também não engrosso o coro batido de que "as novelas antigas eram melhores" – produções boas e ruins houve em todos os tempos.

Entretanto, além de serem mais antigas, estas são "novelões" por excelência. Clássicos da teledramaturgia nacional, são histórias que povoam o nosso imaginário coletivo. E são de um tempo em que a televisão ainda reinava absoluta na preferência de entretenimento barato do brasileiro.

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