Cecília Malan é destaque no "JN" e diz que sentiu pavor ao cobrir tiroteio
Do UOL, em São Paulo
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Reprodução/TV Globo
Cecília Malan foi entrevistada pelo colega André Azevedo no "Jornal Nacional"
Assunto do dia na internet por conta da cobertura ao vivo sobre a caçada a terroristas em Paris, a repórter Cecília Malan foi destaque durante o "Jornal Nacional" desta sexta-feira (9) antes mesmo das notícias sobre a situação atual na capital francesa.
Entrevistada pelo colega André Azevedo ao vivo, Cecília afirmou que sentiu "pavor" ao ouvir explosões enquanto fazia a transmissão para o "Jornal Hoje". "Pavor, André, não vou negar. Foi uma cena de filme, nunca pensei que fosse fazer uma cobertura de tiroteiro no centro de Paris", disse ao colega.
Correspondente da Globo na Europa, Cecília estava a 300 metros do mercado de comida judaica, onde um suspeito mantinha seis pessoas reféns. Ela gaguejou e interrompeu a fala por diversas vezes a cada movimentação mais intensa dos policiais.
Minutos depois, após barulhos de explosões, a jornalista e outros colegas foram retirados às pressas por policiais franceses, que temiam a sua segurança. Ao lado do cinegrafista, a repórter correu e se abrigou em um prédio comercial.
"A gente estava se preparando para entrar ao vivo, quando ouvimos quatro tiros. Os policiais gritaram e pediram para sairmos imediatamente. O problema é que não conhecemos muito bem a região", informou, ofegante, a jornalista por telefone. "Até os equipamentos ficaram para trás", acrescentou em seguida.
"Eu, que nunca havia escutado [som de] tiros, ouvi [agora] em choque", admitiu a jornalista, ainda nervosa com o ocorrido.
A participação de Cecília foi alvo de comentários nas redes sociais ao longo do dia. Internautas se dividiram entre os que aprovavam a entrada com espontaneidade da jornalista e os que a criticaram pelo nervosismo no ar.
Apesar do destaque repentino, Cecília já participou de outras coberturas importantes da emissora. Filha do ex-ministro Pedro Malan, ela começou a carreira em 2005 na redação do "Bom dia Brasil", no qual trabalhou como estagiária, trainee, produtora e editora.
Especializada na editoria internacional, já que passou boa parte da adolescência morando em cidades como Nova York, Washington, nos Estados Unidos, e Paris, na França, a jornalista foi mandada para o escritório da Globo em Londres em 2011, onde começou produzindo as reportagens e posteriormente entrou no ar dividindo as matérias com Ana Carolina Albar e Marcos Losekann.
Entre as coberturas marcantes na carreira de Cecília estão a morte do papa João Paulo II, a libertação da refém Ingrid Bettancourt, a morte de Michael Jackson, os protestos na Ucrânia e entrevistas com grandes nomes da música como Adele e One Direction.