Rachel Sheherazade fala sobre ameaças de morte em redes sociais

Do UOL, em São Paulo

Rachel Sheherazade, âncora do "SBT Brasil", revelou que foi ameaçada de morte em redes sociais e que passou a andar com escolta e carro blindado, depois de apoiar a ação de "justiceiros" contra um menor no Rio de Janeiro, em fevereiro.

"Já sofri algumas ameaças em redes sociais. Os covardes se escondem. Essas pessoas se valem do anonimato para ameaçar. Foram ameaças de mortes. Fiquei assustada na época. O SBT montou um esquema especial de escolta e, hoje, os meus carros são blindados", contou a jornalista durante o "Programa Raul Gil", no SBT, deste sábado. "Eu só dou opinião no ar porque a emissora me contratou para isso", justificou.

Sheherazade falou ainda sobre assuntos espinhosos, como a união civil entre pessoas do mesmo sexo. "Eu não tenho nada contra a união homoafetiva. Eu acho que a lei tem que resguardar o casal hétero como também tem que resguardar o casal homossexual. Porém, acho que casamento, na concepção da palavra, vem de homem e mulher. A própria igreja católica não vai aceitar o casamento homoafetivo. Então, o casamento, como instituição sagrada, religiosa, sou contra. Mas união civil homoafetiva, eu sou a favor", disse Sheherazade, evangélica.

Em relação à legalização do aborto e da maconha, a jornalista explica. "Eu sou a favor da vida. Eu acho que existem outras precauções. O aborto não é um bom remédio para a orientação sexual. Acho que ele não soluciona nada. Eu já vi depoimentos de mulheres que fizeram aborto e aquelas mulheres levaram o peso na consciência por ter tirado a vida daquela criança. Eu acho que devemos apoiar à mulher grávida", afirmou a jornalista. "A legalização da maconha não vai ajudar em nada no combate da violência", contou em seguida.

A âncora do "SBT Brasil" também comentou sobre a situação política no país e a eleição da presidente Dilma Rousseff (PT) para o segundo mandato. "Eu tenho posicionamentos políticos, mas não tenho amarras políticas, não defendo partidos políticos. Não estou feliz [com a eleição da presidente Dilma Rousseff]. Eu acho que uma democracia saudável é feita pela alternância de poder. Estamos há mais de 12 anos com um único partido no poder, sem oposição no congresso", avaliou.

Rachel Sheherazade se destacou no noticiário após se envolver em diversas polêmicas no ano de 2014. Uma delas aconteceu em fevereiro, quando Sheherazade disse durante o "SBT Brasil" que a ação de "justiceiros", que prenderam um suposto assaltante a um poste na zona sul do Rio, era "compreensível". A declaração culminou com a revolta de políticos, artistas, internautas, pessoas que defendem os direitos humanos e jornalistas.
 
Ricardo Boechat, âncora do "Jornal da Band", a chamou de "fascista", afirmou que a opinião dela era uma "bosta" e sugeriu a culpa de Sheherazade por linchamento a uma mulher no Guarujá (SP). A jornalista do SBT respondeu dizendo que Boechat foi "profundamente infeliz" e que "não sabia o motivo da perseguição".
 
Sheherazade ganhou o apoio de José Luiz Datena e César Filho. Já Pedro Bial declarou que  "a opinião de Rachel representa boa parte da população brasileira".
 
Polêmica, Rachel Sheherazade teve passagens por afiliadas de Record, Globo e SBT --todas na Paraíba. Foi contratada pelo SBT, de São Paulo, em 2011, depois que Silvio Santos a viu em um vídeo do YouTube, onde ela criticava a realização do Carnaval.

No fim da entrevista, Rachel Sheherazade mostrou ainda um lado seu que poucos conhecem: com o apoio de uma banda, a jornalista cantou ao vivo a música "Eu Te Agradeço, Deus", de Kleber Lucas.

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