Durante participação no "Altas Horas" deste sábado (4), Cid Moreira deu detalhes sobre o dia em que apresentou o "Jornal Nacional" de bermuda e afirmou que isso lhe provoca pesadelo até hoje. Segundo ele, na época, o episódio gerou tensão nos bastidores da emissora, inclusive em Alice-Maria Reiniger, uma das criadoras do telejornal de maior audiência da TV brasileira.

"Foi uma vez só. Durante o carnaval. Eu estava na minha casa, na Serra [Fluminense], desci e fui colhido por uma uma tempestade. Isso atrasou a minha viagem e não pude passar em casa para me compor para o 'Jornal Nacional'. Mas eu tinha um paletó, uma camisa e uma gravata. Daí eu fui correndo e tal.O Léo Batista já estava sentado na bancada. E Alice-Maria [Reiniger, uma das criadoras do jornal] roendo as unhas. Terminei de dar o nó na gravata já no ar. Tenho pesadelo com isso até hoje", relatou o jornalista.

Tido como um dos principais jornalistas na história da TV brasileira, Moreira iniciou a sua carreira pela TV Bandeirantes. "Encontrei na Bandeirantes grandes nomes como Dias Gomes, Janete Clair, Ivani Ribeiro, artistas sensacionais", contou.

Na década de 60, transferiu-se para TV Globo, onde apresentou o "Jornal Nacional" entre os anos de 69 e 1996. Atualmente, faz apenas narrações esporádicas no "Fantástico" e recebe cerca de R$ 350 mil de salário da emissora. "Eu estou completando 70 anos de profissional. 45 anos e meio de Globo.  Agradeço a Rede Globo. Graças a popularidade que ela me deu", concluiu orgulhoso.