Datena reclama de diarreia ao vivo e questiona qualidade da água em SP

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/TV Copa

    Datena reclama de diarreia ao vivo

    Datena reclama de diarreia ao vivo

José Luiz Datena reclamou de diarreia ao vivo durante o "Brasil Urgente" desta quinta-feira (28), e questionou a qualidade da água oferecida ao paulista. Devido à forte estiagem e a seca nos reservatórios, o Governo de São Paulo recorreu ao chamado "volume morto", que é camada que fica no fundo das represas. A Sabesp pretende retirar 200 bilhões de litros de água do Sistema Cantareira. Datena enumerou as várias reclamações que escutou sobre diarreia e associou o problema à água recebida do "volume morto".

O Secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce, entrou em contato com o programa e garantiu a boa qualidade da água oferecida à população.

"Secretário, o senhor não tem noção de quanta gente está reclamando de dor de barriga. Até o governador, maior autoridade do Estado, foi internado com infecção intestinal. Eu mesmo estou com dor de barriga", iniciou Datena. "Eu posso te garantir que não é por causa da  água. Até porque boa parte da água que São Paulo está recebendo não vem do Cantareira. Se você quiser, eu levo até o atestado [da qualidade] da água", devolveu Arce, também conhecido como o "general da água", em São Paulo.

Ainda de acordo com o apresentador, vários integrantes de sua equipe também têm reclamado de diarreia. "O menino aqui está branco", detalhou. Ainda devido à repercussão, o apresentador lançou a hashtag #TôNaPrivada, onde muitos internautas também reclamaram do mesmo problema.

Riscos à saúde
Na opinião do médico clínico Paulo Olzon, professor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), haverá sérios riscos para a saúde do consumidor caso o tratamento não elimine os metais pesados da água proveniente do volume morto.

O corpo humano, afirma Olzon, tem dificuldade para eliminar os metais. "A tendência é os metais pesados se depositarem nos tecidos do organismo". Eles se acumulam em pontos como os rins, o fígado, o coração e o cérebro, e alteram as células e causam inflamações crônicas.

Segundo ele, os metais pesados podem, por exemplo, provocar insuficiência renal, desequilibrar o sistema nervoso central, causar depressão ou aumentar a agressividade. E possuem "efeito de massa" quando há a presença de mais de um no organismo. "Um elemento aumenta a toxicidade do outro", diz Olzon.

Ainda de acordo com o clínico, há o risco de os metais provocarem câncer, sobretudo no aparelho digestivo. 

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