Emocionados, Renato Aragão e Dedé Santana prestam homenagem a Mussum

Do UOL, em São Paulo

Os humoristas Renato Aragão e Dedé Santana prestaram homenagem ao ex-companheiro Antônio Carlos, o Mussum, morto em julho de 1994 em decorrência de problemas do coração. Os três fizeram parte do elenco de "Os Trapalhões", ao lado de Zacarias. Segundo Renato, os bordões criados por Mussum foram o grande trunfo para o sucesso do personagem.

"Ele criava bordões ['ô nega', 'cacildis']. Esse foi o grande trunfo", disse o líder do humorístico, que ficou famoso nos anos 80 e 90. "Foi um atrás do outro. Primeiro, o Zacarias, depois o Mussum e tinha o [Tião] Macalé. Muita saudade de todo mundo", acrescentou Renato, emocionado, em vídeo gravado para o "Encontro com Fátima Bernardes" desta terça-feira (29). Ele ainda lembrou os primeiros passos de Antônio Carlos como um dos "trapalhões": "No início era preocupante. Mussum não era comediante, era músico. Coloquei primeiro piadinhas para ele ir adaptando.Jogar ele numa fogueira era muito difícil. Fui dando mais texto e dai pra frente não precisou de empurrão nenhum".

"Cada vez que eu falo do Mussum, eu me emociono. Mussum, eu sei que você está me ouvindo. 'Meu companheiro, a morte vem, vem, um dia ela vem e pega, mas o amor que a gente sente, não", disse Dedé Santana.

Os três filhos de Mussum, Sandro, Augusto e Antônio Carlos, também falaram sobre a figura do pai, no dia a dia, longe dos holofotes.

"Ele não era anárquico, era bastante disciplinador, carinhoso e sempre cobrando os estudos. Bastante exigente", resumiu Augusto. "Na época em que faleceu eu tinha 17 anos. Ele era bastante exigente. Ele sempre foi um cara que sempre esteve preocupado com o nosso redor. Ele curtia muitos os filhos e a casa dele. Gostava muito de cozinhar", acrescentou Sandro. Antônio Carlos, o Wallace da atual temporada de "Malhação", afirmou ser inevitável ter o pai como uma referência: "O Wallace tem esse lado cômico, então peguei referências. Somos filhos de uma lenda. Só teve um".

Antônio Carlos faleceu em 29 de julho de 1994 em decorrência de problemas no coração. "Os Trapalhões" ficaram no ar por 18 anos, entre março de 1977 e agosto de 1995.

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