O Rebu

"Sou da ralé", diz Patricia Pillar, que será empresária superpoderosa na TV

Carla Neves

Do UOL, no Rio

  • Fábio Rocha/TV Globo/GShow

    Atriz será Angela Mahler em "O Rebu", próxima trama das 23h da Globo

    Atriz será Angela Mahler em "O Rebu", próxima trama das 23h da Globo

Patricia Pillar está acostumada a interpretar mulheres ricas na TV. No início do ano, ela viveu a frágil Isabel, casada com o poderoso e riquíssimo Jaime (Murilo Benício), dono de uma das mais importantes vinícolas do Vale do São Francisco em "Amores Roubados". A partir do dia 14 de julho, ela interpretará a milionária superpoderosa Angela Mahler, herdeira da empreiteira Mahler Engenharia, em "O Rebu", nova trama das 23h da Globo.

Embora encarne mulheres abastadas, legítimas representantes do que ganhou o rótulo de "elite branca" brasileira, a atriz garante que na vida real está bem longe das personagens que interpreta.

"Não conheço ninguém parecido com esse pessoal de 'O Rebu'. Não frequento esse tipo de lugar. Sou da ralé, da feira, da padaria, da farmácia, da banca de jornal", contou a atriz, que foi casada por 12 anos com o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes, na festa de lançamento da trama.

Sinônimo de riqueza e poder, Angela sempre participou dos negócios da família, mas assumiu de fato o controle da empresa depois de perder o marido e os filhos gêmeos em um acidente de helicóptero. Para isso, ela conta com a ajuda da advogada Gilda Rezende (Cássia Kis Magro) e de sua protegida, Duda (Sophie Charlotte), filha de sua governanta, que também morreu no acidente aéreo.

"Quando o marido, os dois filhos e a governanta morrem, sobra na casa a filha da governanta e a Angela se sente na obrigação de cuidar da menina. Até pelo carinho que a governanta sempre teve com ela e com os dois filhos. A governanta fazia parte da família. Por isso a Angela está criando a Duda para ser sua herdeira", adiantou a atriz.

Angela é sócia de Carlos Braga Vidigal (Tony Ramos) em alguns negócios, mas os dois escondem, com falsa cordialidade, graves divergências pessoais e profissionais. "Eles discordam da conduta em relação à empresa e começam a trama tendo um embate", explicou.

Um dos negócios é o lançamento de uma nova plataforma de petróleo do pré-sal construída em um consórcio entre as duas empresas. Para comemorar o novo projeto, Angela resolve oferecer uma festa em sua mansão na Serra do Sossego, região serrana do Rio. O problema é que o evento acaba com o assassinato de uma pessoa e um corpo encontrado boiando na piscina.

Como na primeira versão de "O Rebu", exibida em 1984, desta vez a novela – que tem 36 capítulos – também é narrada em três tempos: a festa, o dia seguinte da festa e o passado de seus personagens. "A linguagem da novela é muito interessante e permanece. Tudo se passa praticamente em um dia só. E no dia seguinte, que é o dia da investigação. Esse dia da investigação puxa o passado dos personagens. Acho que muito além propriamente do crime o que é interessante é a descoberta de quem são aquelas pessoas. E por que elas são como são. As pessoas que chegaram à festa não são as mesmas no decorrer da madrugada", contou.

Apesar de a narrativa atual ser igual à de 40 anos, Patricia contou que a trama de agora é diferente. "O público pode apagar os registros em relação à primeira versão. Algumas coisas se mantiveram, mas muitas outras não. Até mesmo para ir em busca de uma coisa mais contemporânea. São novos personagens, novas histórias, novas tramas. A gente não está com essa referência propriamente de 'O Rebu' que passou. Estamos no novo 'O Rebu'", explicou.

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