Sorrah diz que se inspirou em Melanie Griffith para visual de personagem
Carla Neves
DO UOL, no Rio
Renata Sorrah viverá Gláucia Beatriz Pacheco Marra, uma mulher de meia-idade que se acha gostosa, em "Geração Brasil", próxima trama das sete da Globo, que estreia no dia 5 de maio. Para compor o visual da personagem, que abusará de roupas justas e decotadas, a atriz afirmou ter se inspirado na atriz americana Melanie Griffith.
"A Melanie Griffith era uma mulher muito linda, que perdeu quando ficou mais velha. A Gláucia é uma bagaceira. Ela é de uma cafonice. Ela se veste imprópria para a idade, se acha mais jovem. Usa calças apertadas da gang. É uma mulher sem noção", adiantou a veterana no lançamento da trama nesta terça (15), no Projac.
Na história de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, Gláucia é mãe do visionário da tecnologia Jonas Marra (Murilo Benício), com quem tem uma relação de ódio e ressentimento, e do medíocre Sílvio (Luís Henrique Nogueira). Embora pareça má, Sorrah garantiu que a personagem é completamente diferente de Nazaré, vilã que encarnou em "Senhora do Destino" (2004).
"Ela não é a Nazaré. Ela é uma mulher ressentida com a vida, é invejosa, faz pequenos delitos. A Nazaré fazia grandes e não era uma mulher ressentida. Ela se achava o máximo, não era invejosa, e essa é. A Nazaré amava a filha. Ela tinha roubado, mas amava. Essa, o que é difícil para mim fazer, odeia o filho. Ela ama um deles e o outro ela odeia. Ela realmente odeia", comparou, acrescentando que tem achado bacana a personagem ser antagonista do próprio filho.
A atriz contou que o ódio que Gláucia sente por Jonas vem do passado. "Ele é filho de um homem que ela não gostava, que é o marido dela, com quem ela casou. E o outro, o Sílvio, é filho de uma paixão que ela teve por um homem casado, amante dela. Então ela rejeitou o Jonas desde que ele nasceu", afirmou.
Quando Jonas se mudar da Califórnia para o Brasil, logo no início da novela, Gláucia vai ter um embate com o filho, com quem não fala há 20 anos. "Ela vai dizer: 'como você biliardário me dá uma mesadinha de merreca, de fome? Eu sou a mãe, eu sou a progenitora, o mundo tem que saber que eu sou a progenitora. Eles vão ter um embate enorme", contou.
Questionada se a personagem vai cair no gosto popular, como aconteceu com Nazaré, Sorrah afirmou torcer para Gláucia agradar os telespectadores. E opinou por que os tipos mais malandros e até os vilões andam sendo os preferidos da audiência.
"Porque eles são mais interessantes do que os politicamente corretos. Acho que é mais estimulante. No teatro do mundo inteiro, os que têm contradição são os mais bacanas. As pessoas reconhecem como mais humanos, que erram também, não são perfeitinhos", disse.