A partir da próxima segunda (7), Bruna Linzmeyer aparecerá na TV bem diferente de Linda, autista que interpretou recentemente em "Amor à Vida". Em "Meu Pedacinho de Chão", a atriz será Juliana, a singela professorinha da fictícia Vila de Santa Fé, onde a nova trama das seis é ambientada. Para viver o novo papel, Linzmeyer não pensou duas vezes e pintou o cabelo de rosa a pedido de Luiz Fernando Carvalho, diretor do folhetim.

"Foi incrível. Acho que todo mundo deveria ter o cabelo rosa. É muito mais legal ter o cabelo rosa que loiro. Eu já quis ter o cabelo rosa. Uma vez fiz um espetáculo com o meu marido [o ator Michel Melamed] e a gente tinha uns conceitos bastante realistas. Falei: 'quero pintar o cabelo rosa e ficar careca'. Aí, ele pintou a minha cara de rosa", contou.

A atriz explicou por que não optou por usar uma peruca em vez de pintar as madeixas de rosa. "Aqui tudo é de verdade e uma peruca não é de verdade. Tem amor de verdade dentro de mim. Por isso o cabelo tinha que ser de verdade", afirmou, na colorida cidade cenográfica da trama.

Linzmeyer revelou, contudo, que deu uma "gargalhada de criança" quando se viu pela primeira vez com o cabelo rosa. "Estou curtindo, muito mesmo, de verdade", garantiu. Questionada se acha que as crianças também vão querer pintar o cabelo da mesma cor, ela disse que sim. "O mundo vai ficar muito mais bonito se as pessoas pintarem o cabelo na cor rosa".

Ela contou que sofreu para se despedir de Linda. Mas ao mesmo tempo foi ótimo logo emendar em outro trabalho. "Não tive tempo de respirar direito, de ensaiar, de deixar elas virem e irem embora. Ainda fiz um filme nesse meio tempo", lembrou, agradecendo pelo fato de voltar a trabalhar com Luiz Fernando Carvalho, com quem já trabalhou na série "Afinal, o Que Querem as Mulheres?".

 "É essencial para a vida, para a alma, para tudo. O Luiz transforma tudo como pessoa, como ser humano, como profissional, então é sempre exemplar trabalhar com ele", elogiou.

A atriz afirmou que o que mais a encantou na nova personagem foi o amor. "É uma história singela e profunda ao mesmo tempo. A Juliana representa a ameaça de um futuro, de educação, de transporte público de qualidade", adiantou.

Linzmeyer também falou sobre como é contracenar com crianças e contou que improvisa muito com o elenco mirim. "Elas são demais, espontâneas. É como ser professora de verdade. Está o tempo todo vivo, tenho que estar com elas ali viva, não dá para piscar", elogiou, acrescentando que o público infantil deve se apaixonar pela trama. "Pela reação das crianças que eu encontro no Projac e a maneira como elas olham para tudo isso e para mim com esse cabelo rosa e o figurino, acho que as pessoas vão se encantar. O olhar da criança é muito puro, direto, profundo".