Antes de estrear programa, Rafael Cortez diz que há "ditadura dos formatos"

Felipe Carvalho

Do UOL, em São Paulo

Rafael Cortez ficou um longo período na geladeira da Record depois que seu "Got Talent Brasil" não alavancou na audiência como era esperado. Por esse motivo, o apresentador foi alvo de várias piadinhas, principalmente de seus ex-companheiros de "CQC" como Oscar Filho, Marcelo Tas e Marco Luque.

Para ele, ser lembrado em sua ex-casa, é uma forma de manter seu nome na mídia. Ele conversou com o UOL no lançamento do livro de Oscar Filho em livraria de São Paulo nesta quinta (3).

"Não se pode levar a sério. Somos todos humoristas. Se eu sacaneava as pessoas enquanto estava no 'CQC' não vou achar ruim agora. Algumas piadas feitas comigo achei boas, mas outras achei ruins. Foi bom para manter meu nome aquecido, um artifício que eles tiveram que usar para reparar o grande dano que foi a minha saída do 'CQC'. Toda vez que meu nome é citado lá, a audiência do programa aumenta sete pontos. É uma estratégia para se manter em cima", brinca ele.

Agora Cortez está focado em seu novo projeto na Record, o "Me Leva Contigo", um programa de namoro que vem para suprir a lacuna deixada pelo quadro "Vai Dar Namoro" do "O Melhor do Brasil", de Rodrigo Faro.

"Já estamos gravando as chamadas que estão muito legais. A Record está com um processo diferente, inclusive com a contratação da Sabrina, está rindo um pouco de si própria e não se leva tão a sério. As minhas chamadas brincam com o fato de eu ter ficado fora do ar. Será um programa divertido e está muito na mão do apresentador. Vai resgatar meu lado comediante quando costuro as situações. Acho que vai surpreender", aposta o paulistano.

Sua nova atração é mais uma versão de um programa de fora, que originalmente se chama "Take Me Out". Antes, ele também trabalhou no "CQC" [que na Argentina é "Caiga Quien Caiga"] e o "Got Talent" que leva o mesmo nome fora do Brasil. Apesar de gostar de novas criações, Rafael se sente honrado por estar em projetos tão grandiosos.

"Sou partidário de produções nacionais, autorais, mas isso é um problema da TV hoje. Estamos na ditadura dos formatos. É ruim, mas temos a oportunidade de estarmos em projetos grandiosos. O 'Got Talent' não vingou, mas foi uma experiência gigante. O palco do 'Me Leva Contigo' é tão grande que teve que ir para estúdios de Paulínia. Independente de êxito, posso dizer que trabalhei em um projeto de nível internacional, o que talvez a TV brasileira não possa fazer com autoria própria."

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