PSOL acusa Rachel Sheherazade e o SBT por apologia ao crime ao MP

Do UOL, no Rio

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    Líder do PSOL, o deputado Ivan Valente condena comentários de Rachel Sheherazade durante o "SBT Brasil"

    Líder do PSOL, o deputado Ivan Valente condena comentários de Rachel Sheherazade durante o "SBT Brasil"

A bancada do PSOL irá apresentar uma queixa contra a jornalista Rachel Sheherazade e contra o SBT por crime de apologia ao crime junto ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot nesta terça-feira, 11 às 14h30.  

No jornal "SBT Brasil", da última terça-feira, 4, a jornalista exaltou a atitude de "justiceiros", do bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, que tiraram a roupa de um menor suspeito de praticar crimes na região, cortaram parte da sua orelha e o acorrentaram pelo pescoço a um poste.

O líder do partido, deputado Ivan Valente disse ao UOL, que torce para a punição da jornalista e da emissora, já que ambos infringiram as leis.  

"A procuradoria deve tomar as medidas cabíveis por essa violação, por essa incitação, pelo apoio aos vingadores, que ela (Rachel) acha não só compreensível, mas necessária. Ela disse que as pessoas tem que se defender. Estes justiceiros estão legitimados para substituir o Estado, o que é absolutamente ilegal. A jornalista tenta dizer que isso é limitar o direito de opinião, mas leis não comportam a incitação ao crime, à tortura e ao linchamento".

Segundo o deputado, o SBT não é uma propriedade privada. Ele está sobre a fiscalização do Ministério das Comunicações e do Congresso.

"O SBT sabe que ele é concessionário de um serviço público, tem que responder, dizem que foi uma opinião pessoal da jornalista mas são corresponsáveis".

Ivan Valente comentou ainda as críticas recebidas do deputado Marco Feliciano, que defendeu Rachel Sheherazade e criticou o PSOL dizendo-se preocupado com atitudes de alguns parlamentares "que pregam uma coisa e praticam o oposto".

"O Feliciano é um parlamentar racista, homofóbico, que manipula as pessoas. Ele é da mesma estirpe daqueles que acham que fazer justiça com as próprias mãos, substituir o Estado, lhe dá credibilidade".

Na semana passada, o comentário de Rachel Sheherazade durante o "SBT Brasil" ganhou repercussão nacional.

"Adote um marginal"

Ao comentar a notícia envolvendo um jovem que foi amarrado a um poste e agredido por um grupo de "justiceiros", no Rio, a âncora do telejornal classificou a atitude como uma "legítima defesa coletiva" e, em tom irônico, lançou a campanha "Adote um marginal", dirigindo seus comentários aos que condenaram a violência cometida contra menor.

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