Antônio Fagundes participou neste domingo (1) do quadro "Na Boca da Galera" do "Domingão do Faustão". Na atração, o ator comentou os rumos de seu personagem na novela "Amor à Vida", o médico César. Fagundes comparou César ao mau caráter Felipe Barreto, também interpretado por ele, em "Dono do Mundo".

"Não vou defender o César não, mas acho que o Walcyr [Carrasco] acertou na complexidade do personagem. Ele é ético, é honesto, mas tem outra faceta", opinou o ator. E para ele, a pior faceta de César não é o fato dele trair Pilar (Susana Vieira) com Aline (Vanessa Giácomo), mas sim o fato dele não aceitar a homossexualidade do filho, Félix (Mateus Solano).

"A pior faceta do César não é a traição, mas a homofobia", completou. Para o ator, o público também tem visto Félix com bom olhos apenas pelo fato dele ser gay. "As pessoas esqueceram que ele mandou matar uma criança e rouba o hospital. Não vejo as pessoas que são contra ou a favor da homofobia discutirem o caráter do Félix", disse.

Fagundes também afirmou que os gays não precisam sair do armário. Para ele, essa necessidade configura um "preconceito". "Você não é obrigado a sair do armário, isso é outro preconceito que deve ser evitado. Mas se o cara decidiu sair do armário, ele precisa de respeito", ressaltou.

O ator ainda pediu que o autor não alivie Félix dos seus crimes. "O fato do César ser terrível não justifica os atos do Félix", finalizou.