Paulo Gustavo une televisão e teatro no "Vai que Cola", do Multishow
Claudia Dias
Do UOL, no Rio
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Ricardo Leal/UOL
Elenco de "Vai que Cola", durante a gravação do programa
Um programa nos moldes do "Sai de Baixo", onde o público aparece como a 'quarta parede'. Essa é a estrutura do humorístico "Vai que Cola", que estreia nesta segunda-feira (8), no Multishow e fica no ar todos os dias, por dois meses. As histórias – cada dia uma diferente - acontecem na pensão da Dona Jô (Catarina Abdalla) e têm o burguês Valdomiro Lacerda (Paulo Gustavo) como protagonista, no melhor estilo Caco Antibes. "Ele tem horror a pobre. Morava no Leblon e trabalhava na Beta Engenharia. A empresa lesou idosos e os sócios fugiram de jatinho. Só eu fiquei na m., peguei um táxi com uma sacolinha com uma muda de roupa e vim para no Méier", brinca o humorista.
Na pensão, além da dona, personagens como o faz tudo Wilson (Fernando Caruso), que é apaixonado pela Dona Jô, a filha dela, Jéssica (Samantha Schmultz); seus dois namorados, Lacraia (Sílvio Guindane) e Maicon (Emiliano D'Ávila), o ex-funcionário insolente Ferdinando (Marcos Majella), a perua Terezinha (Cacau Protásio) e a 'gringa' Velna (Fiorella Mattheis).
Interpretando o misterioso Wilson, Fernando Caruso se diverte muito. "Eu assisti muito "Sai de Baixo". O programa está encruado em todo mundo. Tem a coisa do palco giratório e ainda temos uma interação maior com a plateia. O público é um personagem bem importante", afirma.
Com um figurino – e a interpretação - extravagantes, Cacau Protásio também brinca com a perua Terezinha. "Essa mulher é uma tsunami. Ela era apaixonada pelo marido, mas como ele morreu, ela decide vive a vida. Namora, fica com vários homens, não quer nem saber. É uma mulher extremamente extrovertida, louca, piriguete, alto astral, é uma mistura de várias coisas. É uma árvore de Natal ambulante", diverte-se. E adverte: "Eu acho que a Terezinha existe realmente. Eu a construí muito da minha observação. A maquiagem é over, a unha também, e ela existe mesmo", brinca.
A única da turma que não é comediante é Fiorella Mattheis mas, segundo Paulo Gustavo, o talento e a beleza da atriz são o suficiente para que ela complete o grupo. "Ela não é do humor, mas preenche com a beleza dela. Brinca o tempo todo. Não é comediante, mas é talentosa, e é linda de morrer. Quando ela entra, a gente fica meia hora olhando para ela e eu já perdi até texto. Ivete Sangalo veio gravar, olhou pra ela, e disse: 'gente, não tem um lanhado no corpo'", relembrou.
Para aproveitar a beleza da personagem, a atriz passa o tempo inteiro de biquíni. Mas até para isso, o humorista tem uma explicação. "Ela é uma gringa, que está no Brasil e gringo aqui anda de biquíni e chinelo o tempo todo. Dá vontade de dar um soco na cara, né? Eu digo 'amor, vou lá no seu país, me arrumo inteiro, saio engatilhado nas fotos, lindo, com gorro. Quando chega aqui, vocês ficam de havaiana o dia inteiro, tirando onda'", finalizou.