Em "Amor à Vida", Félix diz a Jacques que gosta mais de comida japonesa que de mulher
Do UOL, no Rio
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Divulgação/TV Globo
Em "Amor à Vida", Jacques diz saber que Félix odeia a irmã e os dois ficam íntimos
No capítulo de "Amor à Vida" previsto para ir ao ar no dia 3 de julho, o vilão Félix (Mateus Solano) acaba revelando sua homossexualidade ao cirurgião Jacques (Júlio Rocha) durante uma conversa muito franca, em que o administrador diz que sua atração pela mulher Edith (Bárbara Paz) é um gosto adquirido, como gostar de comida japonesa. "Francamente, eu acho que prefiro comida japonesa", ironiza.
A conversa toda ocorre durante um almoço entre os dois em que Jacques pergunta de repente se Félix nunca gostou de mulher. O vilão então começa a contar em detalhes por que se casou com Edith. Ele diz que assistia futebol apenas para ver as pernas dos jogadores e que seu pai se irritava com suas desmunhecadas.
"Eu me sentia errado, culpado. Um sofrimento... Então, um dia, numa festa, eu conheci a Edith, minha mulher", conta Félix, que ao ser questionado pelo colega se é um ex-gay, responde veementemente: "Ex-gay não existe. Ex-gay é um cara que mente pra si mesmo, e eu sou um cara franco... Eu me olho no espelho e sei quem eu sou."
Leia o restante da cena abaixo:
FÉLIX — Eu me sentia tímido com as mulheres, já tinha tentado sair com uma garota de programa e... Bem, não tinha conseguido. Mas com a Edith foi diferente. Ela foi tão aberta... Delicada... Me conduziu... E eu também queria tanto ser aceito pelo meu pai, ser considerado normal...
JACQUES — Mas você é normal...
FÉLIX — O mundo tem preconceito, sabe disso. Eu me esforcei. Acostumei. Foi assim, mais ou menos como me acostumar com a culinária japonesa. Um gosto adquirido.
JACQUES — Entendi. Então, você passou a gostar de mulher. A gente quase poderia dizer que você é um ex-gay.
FÉLIX — Ex-gay não existe. Ex-gay é um cara que mente pra si mesmo, e eu sou um cara franco... Eu me olho no espelho e sei quem eu sou.
JACQUES — Já amou alguém... Um cara?
FÉLIX — Teve um cara, que eu chamava de Anjinho. Era maluco por ele, às vezes ainda penso onde está. Mas a minha mulher me pegou... Num encontro com ele, num shopping.
JACQUES — Mas se era só um shopping...
FÉLIX — Eu estava dando um Rolex pra ele.
JACQUES — Puxa, pra dar um Rolex você gostava mesmo desse Anjinho.
FÉLIX — Eu sofri, mas me afastei dele. Perdi o contato. Mas eu penso que amor... Eu só poderia ter por um outro... Um outro homem.
JACQUES — E sua família?
FÉLIX — Me acostumei, gosto de viver com a Edith. Gosto de ter uma família. Mas é como um gosto adquirido. E, francamente, eu acho que prefiro comida japonesa.
JACQUES — Desculpa fazer tantas perguntas. Eu fiquei curioso.
FÉLIX — Eu posso satisfazer a tua curiosidade de outras formas.
JACQUES — Félix, já te disse, eu preciso de um tempo.
FÉLIX — Claro. Mas fica sabendo, Jacques, não sou o tipo capaz de esperar eternamente.