Sangue Bom

"Lembra meu começo de carreira", diz o famosinho da Casa Verde de "Sangue Bom"

Claudia Dias

Do UOL, no Rio

  • Ricardo Leal

    Josafá Filho, o Filipinho de "Sangue Bom"

    Josafá Filho, o Filipinho de "Sangue Bom"

O ator Josafá Filho, que aos 28 anos interpreta um personagem de 20 – o Filipinho, também conhecido como 'famosinho da Casa Verde' na novela "Sangue Bom" - relembra o começo de sua carreira na trama de Vincent Villari e Maria Adelaide Amaral. Afinal, as semelhanças são muitas. De uma família de classe média paulista, ele sonhava em ser artista desde os dez anos de idade. "O personagem lembra meu começo de carreira. Já tive coisas dele. Todo mundo que começa muito novo na carreira artística, traz o sonho. Com 17 ou 18 anos, fui um grande sonhador", afirmou o ator em entrevista ao UOL.

A diferença é que ele fez o caminho inverso, e foi se preparar primeiro. "Sou formado em teatro e fiz faculdade de dança, bacharelado e licenciatura. As coisas foram acontecendo de forma natural: comecei no teatro e só depois disso aconteceu a televisão", lembrou. Além disso, batalhou – e muito – por seu sonho. "Na escola, escrevia e organizava peças e fazia festas para arrecadar dinheiro para os espetáculos. Foi diretora da escola que me indicou para a Escola de Teatro, aos 17 anos. A partir daí, comecei a trabalhar profissionalmente", lembrou.

Na ficção, é filho de Malu Mader, com quem construiu uma relação de intensa amizade. "Trabalhar com ela é maravilhoso e está sendo intenso. Ela foi para São Paulo, a levei no meu professor de canto, ela me deu dvds, eu dei livros a ela.  È uma troca. Temos algumas coisas muito parecidas. Malu é uma pessoa muito honesta, despojada e extremamente parceira", elogiou.

Em sua segunda novela – a primeira foi "Ti Ti Ti", em 2011, onde interpretou o médico Eduardo – Josafá sentiu que o assédio aumentou, principalmente depois da exibição do vídeo do "famosinho da Casa Verde", uma paródia da "solteirinha da Pompeia", funk cantado pela Mulher Mangaba, personagem de Ellen Rocche na novela. "É muito divertido. Vejo a repercussão do Facebook, já que tenho saído pouco. Um monte de gente comentou, e não só as pessoas que eu conheço. Além disso, os amigos dobraram", afirmou. Segundo ele, os sentimentos das pessoas se confundem, exatamente como na novela. "Tem um misto entre achar graça e ficar constrangido, que era o objetivo. A situação que ele vive é um bullying, é uma coisa meio patética. Mas outras pessoas têm se compadecido muito. No fim, o retorno é muito carinhoso", contou.

Já pediram ao ator dicas sobre como ficar famoso. "Outro dia, um rapaz pediu ajuda para entrar na Globo. Disse para ele trabalhar a formação primeiro", completou. Como seu personagem, ele nunca quis ser famoso, mas também não critica quem quer virar celebridade 'da noite para o dia'.  "Tem pessoas que nunca tiveram uma formação, viram celebridades e fazem um excelente trabalho. Eu acho que o Filipinho, na verdade, nunca quis ser famoso. Ele quer ser ator de musical. Eu também nunca quis ser famoso. Sempre quis criar", disparou.

Para ele, fama é resultado do trabalho. "Quando a gente fala de fama, é especificamente de televisão. Por muito tempo, eu não me vi como um ator de televisão. É engraçado como as pessoas me associam a televisão ou até mesmo a um musical. Apesar de cantar e dançar, nunca fiz musical", lembrou. Por isso, tem um conselho para todos os 'Filipinhos' que existem por aí. "Sigam o sonho. Mas, sonho e trabalho estão ligados. Então, estudem e se preparem. Porque a fama é muito instável.  O lance não é nem chegar, mas sustentar", finalizou.

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