"Félix foi escrito para ser um sucesso, e eu tinha um compromisso de acertar", diz Mateus Solano
Do UOL, no Rio
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Divulgação/TV Globo
Mateus Solano é Félix em "Amor à Vida"
Intérprete o vilão afetado Félix, de "Amor à Vida", o mais novo queridinho das novelas, Mateus Solano contou em entrevista ao jornal "O Globo" deste domingo (2) que estava muito angustiado antes da estreia. "Félix foi escrito para ser um sucesso, e eu tinha um compromisso de acertar de cara. O primeiro capítulo tinha estrutura de filme, e a novela, que é rápida, seria sustentada a partir disso", disse.
A missão foi cumprida. Félix virou meme na internet. Diariamente internautas homenageiam o vilão postando imagens com suas frases marcantes, mas Mateus, disse que fica sabendo da repercussão por meio dos colegas de trabalho e amigos. Ele tem apenas uma conta no Twitter, mas não a usa muito.
Na entrevista, Mateus conta que o personagem foi construído a dez mãos. "O Walcyr [Carrasco] escreveu, o Mauro [Mendonça Filho, diretor geral da novela], definiu os trejeitos junto comigo. O Sérgio [Penna, preparador de atores] me ajudou muito a entender o lado humano do Félix. E o Wolf [Maya, diretor de núcleo da Globo] entrou para tirar ele do armário".
O retorno que tem das pessoas sobre seu trabalho positivo. "Muitos amigos chegam para me dizer que conhecem esse cara. Às vezes, a pessoa dá pinta e não é gay. Ou é casada com uma mulher e é", disse. Para o ator, a família de Félix é "cega e doente, que não percebe uma filha grávida dentro de casa e um filho gay que está ali gritando, dando pinta."
Félix sente inveja da irmã porque acredita que ela é a preferida do pai. É ambicioso e faz de tudo para conseguir presidir o hospital no lugar de seu pai. Além de manter um casamento com Edith (Barbara Paz), com quem adotou um filho, por aparência. "Ele é um menino que não cresceu e quer chamar a atenção do pai. O humor dele vem de um lado negativo."
Sobre as comparações com Carminha (Adriana Esteves) de "Avenida Brasil", ele acha bacana as pessoas relacionarem ele com um personagem de que sentem saudade, mas que a base dele é outra. "Li coisas sobre maldade e até sobre o nazismo para entender esse lado da sedução pelo poder. Félix é um ditadorzinho."